Os convívios familiares e os turistas que visitaram o Algarve nos fins de semana prolongados contribuíram para a subida de casos de Covid-19 na região, afirmou a delegada de Saúde, admitindo que pode também haver influência da variante Delta.

Em declarações à Lusa, Ana Cristina Guerreiro reconheceu que há “bastantes casos” na população residente, no entanto, aponta a presença de um “grande número de turistas nacionais [nos fins de semana alargados] e estrangeiros” como um fator que tem contribuído para “estes números de casos diários tão elevados“.

Até às 00h00 de terça-feira, a taxa de incidência acumulada de Covid-19 a 14 dias no Algarve era de 186 casos por 100.000 habitantes, no seguimento de uma tendência “progressivamente crescente“, referiu a delegada de Saúde regional do Algarve.

Questionada sobre a influência da variante Delta do novo coronavírus, aquela responsável disse suspeitar que a variante possa ter influenciado o “rápido aumento do número de casos” no Algarve, tendo em consideração a situação da Área Metropolitana de Lisboa.

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No entanto, frisou, a sua presença na região “é uma incógnita”, já que as autoridades de saúde locais ainda aguardam o resultado de uma centena de amostras que foram enviadas para avaliação para o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). Na sexta-feira, a incidência do número de casos no Algarve era de 135 casos por 100 mil habitantes.

Entre a população residente, a maioria dos casos continua a ter origem, sobretudo, em agregados familiares com poucas condições de isolamento e em “reuniões familiares alargadas, em jantares e festas”.

Na sexta-feira, em conferência de imprensa, a delegada de Saúde tinha referido que um terço dos casos de Covid-19 no Algarve eram de estrangeiros, na sua maioria turistas, pedindo que a fórmula de cálculo da taxa de incidência fosse revista.