Depois de UEFA ter rejeitado o projeto da cidade de Munique para iluminar o estádio  Allianz Arena com as cores do arco-íris no jogo desta quarta-feira entre Alemanha e Hungria, o organismo que tutela o futebol europeu vem agora dizer que tem orgulho em usar as referidas cores, falando ainda em respeito pelas mesmas.

“Hoje a UEFA orgulha-se de usar as cores do arco-íris”, lendo-se ainda que a decisão do organismo não foi política, ao contrário do “pedido” feito pela cidade alemã.

“É um símbolo que incorpora os nossos valores, promovendo tudo aquilo em que acreditamos – uma sociedade mais igualitária e tolerante para todos, independentemente do seu background, crenças ou género. Algumas pessoas interpretaram a decisão da UEFA, de rejeitar o pedido da cidade de Munique para iluminar o estádio com com as cores do arco-íris, como ‘política’. Pelo contrário, o pedido em si foi político, ligado à presença da seleção húngara no estádio para o jogo desta noite frente à Alemanha

“Para a UEFA, o arco-íris não é um símbolo político, mas um sinal do nosso forte compromisso para uma sociedade mais diversificada e inclusiva”, lê-se ainda nas redes sociais do organismo.

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O município presidido por Dieter Reiter pretendia iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris, símbolo associado à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero), no embate entre alemães e húngaros, para a terceira jornada do Grupo F, que integra também a seleção portuguesa, e hastear bandeiras multicoloridas no recinto. A iniciativa visava manifestar apoio à comunidade LGBT na Hungria, Estado-membro da União Europeia que aprovou recentemente uma lei que proíbe a divulgação de conteúdos sobre orientação sexual a menores de 18 anos.

“Dado o contexto político deste pedido – uma mensagem que visa uma decisão tomada pelo parlamento nacional húngaro –, a UEFA deve recusá-lo”, rematou o organismo presidido pelo esloveno Aleksander Ceferin. A UEFA diz acreditar que “a discriminação só pode ser combatida em estreita colaboração com os outros”, propondo que a cidade bávara ilumine o estádio com estas cores no dia 28 de junho, dia da parada do Christopher Street Day (CSD), ou entre 3 e 8 de julho, na semana da CSD em Munique.

FPF também está “pintada” com o arco-íris nas redes sociais

Em Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) também se “pintou” nas redes sociais. Depois, de um pedido da ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo. A associação ligada aos direitos da comunidade LGBT tinha ainda um apelo à FPF, pedindo “um posicionamento” àquela instituição, com o hastear de uma bandeira arco-íris na sede, bem como “a promoção de políticas de inclusão e diversidade no contexto do futebol nacional”. O mesmo apelo foi ainda dado a conhecer ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo.

O Sporting, entre outros clubes internacionais, instituições e empresas, também se juntou ao movimento, apelando à “diversidade e inclusão”