A maioria das vítimas que morreram no incêndio na noite de quinta-feira para sexta-feira, que destruiu a escola de artes marciais em Zhecheng, no centro da China, eram estudantes, com idades entre sete e 16 anos, segundo a imprensa local. O desastre ocorreu quando 34 pessoas estavam a dormir no primeiro andar da escola, localizada na província de Henan, segundo o portal Beijing Toutiao News.
Os feridos, incluindo quatro em estado grave, foram levados para um hospital onde um médico garantiu que “tudo está a ser feito” para salvá-los, informou a mesma fonte. O diretor da escola foi preso, de acordo com um comunicado da vila de Zhecheng, onde a escola está localizada, a cerca de 700 quilómetros a sul de Pequim.
As autoridades disseram na manhã de sexta-feira que o incêndio foi controlado. A causa do incêndio é ainda desconhecida. Milhares de pessoas, incluindo estrangeiros, viajam todos os anos para Henan para estudar artes marciais chinesas. Muitas dessas escolas estão localizadas perto do Templo Shaolin, conhecido pelos monges guerreiros.
O drama de sexta-feira, no entanto, aconteceu a cerca de 200 quilómetros daquele local. O desastre despertou grande emoção nas redes sociais, onde os internautas exigiam o reforço da segurança contra incêndios. Acidentes como este são frequentes na China, com dezenas de vítimas registadas nos últimos anos em incêndios florestais ou instalações industriais.
No final de 2017, um incêndio matou 19 pessoas no sul de Pequim, num hotel que hospedava trabalhadores migrantes. Em 2010, um incêndio numa torre de 27 andares em Xangai matou 58 pessoas. O incêndio de sexta-feira ocorre numa altura em que o Governo chinês reforça as medidas de segurança, nas vésperas de o Partido Comunista celebrar cem anos desde a sua fundação.