Gouveia e Melo garante em entrevista ao semanário Nascer do Sol que a meta da vacinação de 70% da população deverá ser atingida, “em princípio, em meados de setembro/outubro.” Apesar de admitir que os últimos atrasos no processo de vacinação “comeram-me” a folga que tinha feito nos seus cálculos, o líder da task force mantém a previsão e explica que em julho se deverá atingir as metas de “50 por cento de segundas doses e cerca de 70 por cento de primeiras doses”, prevendo-se que entre setembro e outubro mais de 90% da população deverá ter uma dose e 70% a segunda dose.
O secretário de Estado Lacerda Sales afirmou esta sexta-feira na SIC Notícias que “o objetivo é chegar a agosto com 70% de primeiras inoculações e 50% de esquema vacinal completo e, em setembro passar para 80% de primeiras inoculações e 60% de esquema vacinal completo”.
Numa longa entrevista de vida, o vice-almirante revela pormenores da sua infância e adolescência em África, diz que não bebe álcool e auto-descreve-se como “obsessivo”, alguém que faz “o que tiver de fazer e sou sou impiedoso com os malandros. Sou super piedoso para as pessoas que fazem bem, erram, mas deram tudo”. E confessou que “nos exercícios da NATO ataco os ingleses, pois não gosto de snobes. Também não perdoo alemães porque tenho família judaica.”
Defendendo o sucesso do processo de vacinação, Gouveia e Melo diz que as variantes do coronavírus têm ajudado a propagar mais a doença “mas é igualmente contida pela vacinação. O que noto, à data de hoje e com os dados que tenho, é que em termos de mortalidade as vacinas continuam a proteger a população. O que acontece é que há pessoas que estão a apanhar porque só têm uma dose e uma dose protege pouco, sobretudo com a da Astrazeneca, e é isso que estou a acelerar agora. E quando digo que protege pouco é relativo. Protege muito, deixa é escapar alguns”, esclarece.
“Tenho concelhos com 70 por cento de vacinação já feita, concelhos muito pequeninos, e olhando para eles a incidência está a baixar imenso, está abaixo de 60. Quando olho para os 308 concelhos e vejo uns com maior incidência, vou ver os dados e têm pouca vacinação. A maior incidência é nos concelhos mais populosos porque não há vacinas para avançar com o ritmo como desejávamos”, explica.
Elogiando a ministra Marta Temido (“tenho a maior consideração por ela e temos uma excelente relação”), Gouveia e Melo concordou que “há um aproveitamento político da vacinação por parte dos autarcas” mas foi compreensivo por estes serem “essenciais neste processo [de vacinação]” e estarem a “fazer um esforço tremendo.”