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Costa apresenta Medina que "não é candidato para a preservação do líder do PS", garante

Este artigo tem mais de 2 anos

Socialista apresenta recandidatura a Lisboa ao lado de António Costa que arrancou logo com um ataque a Rui Rio. Medina diz que "nenhuma campanha" o "distrairá" de Lisboa e promete creches gratuitas.

Fernando Medina candidatou-se pela primeira vez nas autárquicas de 2017.
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Fernando Medina candidatou-se pela primeira vez nas autárquicas de 2017.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Fernando Medina candidatou-se pela primeira vez nas autárquicas de 2017.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Está lançada a recandidatura de Fernando Medina a Lisboa, com o apoio do PS anunciado pelo próprio líder António Costa numa sala semi-cheia (exigências pandémicas) de poder local (e não só) no concelho. O secretário-geral socialista começou logo a sua intervenção com um ataque ao PSD ao dizer que “ao contrário de outras candidaturas esta não é uma candidatura para a preservação do líder do PS por interposta pessoa”.

O líder do PS está de boa saúde e continuará de boa saúde. O que se trata aqui é de Lisboa e só Lisboa”, afirmou acrescentando que Medina “merece ser apoiado pelo PS e sobretudo eleito por Lisboa”. “A cidade não pode ser um espaço de aventura política, de contabilização de jogos partidários”, atirou ainda dirigindo-se ao PSD de Rui Rio e ao candidato da direita em Lisboa Carlos Moedas.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Medina candidatou-se pela primeira vez à autarquia há quatro anos, depois de ter assumido os comandos da Câmara em 2014 após a saída de António Costa para se candidatar nas legislativas de 2015. O candidato tinha na primeira fila da sala na Estufa Fria, em Lisboa, a sua mandatária a fadista Mariza.

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Costa garante que “nos últimos sete anos a cidade de Lisboa mudou para melhor” e que o “trabalho nos próximos anos será muito exigente”, avisando que é preciso que a cidade “não volte à estagnação em que estava antes de 2007”, altura em que ele mesmo assumiu a presidência numas eleições intercalares que venceu sem maioria absoluta. Neste ponto o antigo presidente da Câmara puxa dos seus galões e diz que a economia da cidade não é só feita de turismo e que “em termos líquidos, um terço dos postos de trabalho criados em Lisboa desde 2007 resultam de investimento direto estrangeiro”.

Unidade do PS na presença (nem) toca e foge de Costa

Depois de António Costa, falou Fernando Medina que começou por sublinhar que aquela presença mostra “a força e unidade dos socialistas neste projeto”. Isto ainda que Costa tenha estado em formato rápido e sem qualquer contacto com o candidato, nem proximidade, nem mesmo a cotovelada na praxe. Acabado de sair de isolamento profilático preventivo e apesar de estar completamente vacinado, António Costa quis manter as distâncias e os seus seguranças tinham ordem direta para não deixarem aproximar-se sequer os repórteres de imagem — o que não é comum.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Na sua intervenção e depois da referência ao líder, Medina passou para o combate mais atual em Lisboa, o da pandemia, garantindo: “Nenhuma ação nos distrairá do fundamental: auxiliar os mais necessitados, apoiar a economia e o emprego, promover a testagem em massa, apoiar a aceleração da vacinação”. “Nada, nem nenhuma campanha nos distrairá”, afirmou numa referência indireta às notícias recentes que agitaram a sua gestão na CML e que tornaram públicas a partilha de dados pessoais de manifestantes anti-Putin com a embaixada e o governo russos.

Lisboa Protege é o nosso lema até vencermos a pandemia e nada nem nenhuma campanha nos distrairá”, afirmou o recandidato do PS.

Quanto ao projeto em si, Medina centrou-se sobretudo na apresentação de contas, sobretudo na área da habitação, afirmando que assegurou “neste mandato o acesso a habitação acessível a mais de 3.000 famílias, um máximo desde os históricos programas de erradicação de barracas” e ainda o arranque de “um inovador programa a nível nacional o ‘Programa Renda Acessível’, em que pela primeira vez mais de mil jovens ou famílias da classe média estão a ter direito a uma casa a um preço que verdadeiramente podem pagar”.

Antes dele já António Costa tinha falado neste ponto, para elogiar Medina mas também dizer que não há desculpas para investir “muito mais” na área da habitação acessível no próximo mandato. “Temos finalmente recursos que antes não tínhamos porque o Plano de Recuperação e Resiliência prevê que 2,7 mil milhões de euros sejam destinados à habitação”. Este plano, afirmou, “é para ser financiado pelo Estado mas para ser executado pelos municípios”. O problema em Lisboa, assinalou ainda Costa, não é só o das famílias com baixos recursos mas também da classe média e das novas gerações.

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Creches gratuitas até ao final do mandato

O autarca anunciou ainda que o seu Compromisso Eleitoral vai incluir “a redução progressiva dos valores pagos pelas famílias com creches, tendo em vista assegurar que se tornarão gratuitas até ao final do mandato para as famílias jovens da classes médias que residam em Lisboa”.

“Esta será a mais importante política de apoio aos rendimentos das jovens famílias, um poderoso incentivo à natalidade e à fixação de jovens em Lisboa”, afirmou sintetizando assim o seu programa para a cidade: “Rendas acessíveis, creches gratuitas, passe único. Este é o nosso programa e é o nosso compromisso”.

Na plateia, a ouvir sobretudo aquele que foi um desfiar de obra do seu mandato, Medina teve não só António Costa, mas também a líder parlamentar Ana Catarina Mendes, o secretário-geral adjunto do partido José Luís Carneiro e também o ex-ministro (e seu “pai” político) José António Vieira da Silva.

O socialista que volta a avançar pelo PS em Lisboa falou também na questão da mobilidade na cidade e da “expansão do metropolitano de Lisboa, através da linha circular e mais significativamente da expansão da linha vermelha de São Sebastião da Pedreira até Alcântara”. Além disso, Fernando Medina compromete-se a “assegurar o arranque da obra do metro de superfície (LIOS) para Oeiras e para Loures, assegurando a redução de entrada em Lisboa de dezenas de milhar de automóveis” e ainda “apoiar o Governo no ambicioso programa de aquisição de 60 novas composições para a ferrovia na Área Metropolitana, bem como a realização das obras já incluídas no PRR da ampliação de capacidade da linha de cintura e na Gare do Oriente”.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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