Portugal está entre os países desenvolvidos que menos esforço orçamental fizeram para ajudar pequenas e médias empresas durante esta crise. E cerca de 25% das PME com elevada quebra de rendimentos não tiveram qualquer tipo de ajuda, de acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), citado pelo Público, que dá conta das respostas governamentais à crise e das razões de fundo para a recuperação nas PME entre os países da organização.

A ajuda orçamental para as PME neste período da pandemia atingiu 3,6% do PIB em Portugal, valor considerado “baixo” pela OCDE, quando comparado com outros países desenvolvidos. Entre os países europeus representados neste think thank, apenas a Finlândia (3,2% do PIB) e a Hungria (2,8%) gastaram menos do que Portugal. Os valores oscilam entre 0,6% do PIB (México) e 18% (Nova Zelândia), segundo o Público.

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Além disso, apenas 21,4% das PME receberam algum tipo de ajuda direta do Estado em Portugal. E entre as PME que tiveram quebra de rendimentos muito acentuada (de pelo menos 40%), 25,5% não tiveram ajuda de qualquer natureza, sejam apoios diretos ou indiretos. Um registo que, entre os 37 países da OCDE, apenas é pior no México, na Colômbia, na Turquia e no Chile, as quatro economias emergentes da organização.

Se o filtro for aplicado apenas aos países do euro, Portugal foi o segundo país com menor esforço orçamental, o segundo com menor proporção de PME ajudadas e aquele que teve uma maior percentagem de PME sem apoio de qualquer tipo.

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