Tal como prometido, a Opel revelou as primeiras imagens e informações referentes à 6.ª geração do Astra, precisamente a última em que o popular compacto alemão ainda vai ser comercializado com motores a gasolina, a gasóleo e – uma das novidades já esperadas – uma mecânica híbrida plug-in (PHEV) declinada em dois níveis de potência. A partir de 2028, isso acaba-se, pois o catálogo do construtor alemão será composto apenas por modelos 100% eléctricos.

Opel 100% eléctrica em 2028. Manta está de volta

Até lá, a Opel conta com a plataforma EMP2 desenvolvida pela PSA (agora Stellantis) para, pela primeira vez, electrificar o Astra que chegará ao mercado no início do próximo ano, estando a abertura das encomendas programada para o Outono, sem que a marca revele um mês em concreto.

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Tal como aconteceu com o Peugeot e-208 e o Opel Corsa-e, a Stellantis aplica aos compactos o raciocínio seguido para os utilitários: a mesma plataforma e as mesmas mecânicas. Por isso, o novo Astra partilha a arquitectura do 308, o que lhe permitirá usufruir de apoio eléctrico para baixar consumos e, por tabela, as emissões, a isso aliando as vantagens fiscais associadas a este tipo de veículos.

O que precisa saber sobre o novo Peugeot 308 (em três pontos)

Segundo a marca, o PHEV mais potente debitará 225 cv, o que significa que estamos perante um bloco a gasolina sobrealimentado de 180 cv, associado a um motor eléctrico eléctrica de 81 kW (110 cv) acoplado à caixa e-EAT8. A versão menos possante deverá recorrer ao mesmo 1.6 litros de quatro cilindros, mas a debitar apenas 150 cv, o que se saldará numa potência combinada de 180 cv. Em qualquer dos casos, é expectável que a autonomia em modo EV ronde os 60 km e a alimentação das unidades eléctricas se faça com recurso à mesma bateria – um acumulador de iões de lítio com 12,4 kWh de capacidade bruta. A par destas soluções mais amigas do ambiente, se a bateria for recarregada, a gama contará ainda com motores exclusivamente a gasolina ou a gasóleo, com potências entre os 110 e os 130 cv, associados a uma caixa manual de seis relações ou, opcionalmente, acoplados a uma transmissão automática de oito velocidades.

Embora assente numa nova arquitectura, as alterações a nível de medidas são mínimas, mas é evidente que a altura baixa, para 1,47 m (menos 1,5 cm). O comprimento permanece quase inalterado (4,374 m / mais 4 mm) e a largura fixa-se nos 1,860 m (mais 5,1 cm que anteriormente), o que deixa o Astra em pé de igualdade com o Insignia (1,863 m) e a superar o 308 (1,852 m). A distância entre eixos é ampliada (2,675 m / mais 1,3 cm), mas se este incremento é ligeiro, o mesmo não acontece com a capacidade da bagageira, que passa a oferecer 422 l de capacidade, ou seja, mais 50 que o modelo que ainda está nos concessionários. Deduzimos que, tal como acontece na Peugeot, este valor diminua nas versões PHEV.

2 fotos

A todas estas novidades, junta-se ainda a revolução estética. Nada, à excepção da filosofia, une este Astra ao anterior, em termos de imagem. Naturalmente, a secção dianteira é onde mais salta à vista a evolução estilística, com o compacto a incorporar a frente Vizor da marca e a disponibilizar, opcionalmente, a pintura da carroçaria em dois tons. Visto de perfil, é notória a inclinação para a frente do pilar C, para lhe conferir um apelo mais dinâmico, enquanto a traseira também muda por completo, dos grupos ópticos em LED muito mais finos à designação do modelo no portão da bagageira, em harmonia com o estilo inaugurado pelo Mokka.

No interior, as mudanças são igualmente significativas, pois o Astra passa a integrar o conceito que a marca designa de Pure Panel. Na prática, tal consiste em dois displays de 10 polegadas que reduzem ao máximo o número de comandos físicos, estando um deles dedicado à instrumentação e o outro, mais ao centro, ao sistema multimédia. Nota ainda para a conectividade sem fios com Apple CarPlay e Android Auto, que passa a ser disponibilizada de série, e para os bancos que, à frente, passam a estar posicionados 1,2 cm mais baixo. A ideia é reforçar o feeling desportivo, ainda que a densidade da espuma dos bancos possa privilegiar um cortorno mais virado para o conforto (“Comfort”) ou o apoio em condução mais “enérgica” (“Sport”).

Em matéria de assistência à condução, o concentrado de tecnologias ancora-se numa câmara multifunções no para-brisas, quatro câmaras na carroçaria (uma à frente, outra atrás e uma de cada lado), cinco sensores de radar (um à frente e um em cada canto), bem como sensores ultrassónicos dianteiros e traseiros. Tudo isto permite ao Astra adaptar a velocidade em curvas, recomendar a velocidade sinalizada e realizar mudanças semiautomáticas de faixa, desde que o sistema que detecta se o condutor está atento e apto a intervir o permita, para o que é necessário dar prova de “vida” com as mãos no volante. Mas esta será a solução mais evoluída (Intelli-Drive 2.0). O sistema mais básico, chamado Intelli-Drive 1.0 fica-se, essencialmente, por manter o automóvel ao centro da faixa de rodagem e avisar em caso de tráfego na retaguarda, além de usufruir de um assistente de ângulo cego de longo alcance.