As autoridades chinesas estão a proibir a entrada em espaços públicos, como hospitais, escolas ou centros comerciais, a quem não tiver recebido a vacina contra a Covid-19. Segundo a agência de notícias France Press (AFP), as novas regras estão a ser aplicadas em cerca de 20 cidades, mas o jornal britânico The Guardian adianta que pode ser um sinal do que poderá ser aplicado a todo o país.

A AFP conta o caso de Chuxiong, uma cidade da província de Yunnan com 510 mil pessoas (aproximadamente a população de Lisboa), em que todos os adultos terão de receber a primeira dose da vacina até 23 de julho. E a segunda dose até um mês depois. Caso contrário, “não serão permitidos em espaços públicos, incluindo hospitais, lares de idosos, jardins de infância e escolas, bibliotecas, museus e prisões ou usar o transporte público”, conforme se pode ler no documento oficial.

Outros casos semelhantes identificados pela agência de notícias ficam em cidades das províncias de Jiangxi, Sichuan, Gaungxi e Fujian.

Mas há quem vá ainda mais longe. Em Tianhe, no centro da China, as autoridades ameaçam não pagar sequer salários e despedir mesmo qualquer funcionário público que não tenha sido vacinado até 20 de julho.

Haverá voluntários em vários espaços públicos a apontar os nomes e os contactos de quem não está vacinado, ainda de acordo com a AFP.

Até ao momento, terão sido administradas mais de 1,4 mil milhões de doses no país (o equivalente à população de toda a China), mas não se sabe ao certo a quantas pessoas corresponde esse número, dependendo de quem já recebeu a segunda dose. As autoridades querem vacinar 64% da sua população até ao final do ano.

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