O comentador político Marques Mendes diz que no Governo todos estão “à espera da remodelação” no executivo e que “dentro dos gabinetes não se fala de outra coisa”, embora o primeiro-ministro tenha até agora resistido. No seu programa semanal na SIC, o antigo líder do PSD disse que Eduardo Cabrita é “o grande abcesso político do Governo” e “está a contaminar a popularidade do primeiro-ministro”. O antigo líder do PSD acredita que Costa fará “uma remodelação quando não se falar do tema” e avisa que “quanto mais tarde, pior”. Marques Mendes acredita também que “não vai haver qualquer crise política” no Orçamento para 2022 e que “O PCP, o PEV e o PAN vão viabilizá-lo de novo”.

Sobre o chumbo dos diplomas dos apoios sociais pelo Tribunal Constitucional, Marques Mendes diz que “o Governo ganhou juridicamente“, mas o “Presidente declarou-se politicamente feliz”. O antigo líder do PSD diz que “o Governo tem de mudar de vida”, sob pena de transformar “o TC no centro da governação, o que é mau para todos.” Por isso, entende o comentador, o Governo PS só tem dois caminhos: ou negoceia uma coligação estável na AR (seja “geringonça” ou não) ou dialoga.

O comentador político destacou ainda o facto de Nuno Melo ter emergido nas jornadas parlamentares a “defender a história do partido”, a mostrar “como se faz oposição” e “a pedir combate e não resignação”. Conclusão de Marques Mendes: “Vamos ter Nuno Melo como candidato a líder do CDS em próximo Congresso. O pré-anúncio está feito.”

Marques Mendes falou ainda do projeto de revisão constitucional do PSD, algo que classifica como uma “escolha legítima”, mas diz que “as prioridades parecem invertidas”. Já que a prioridade do partido liderado por Rui Rio “devia ser explicar aos portugueses o que faria de diferente do PS se estivesse no Governo: na economia, nos impostos, na saúde, na educação, na segurança”. Isto porque, “sem mostrar estas diferenças dificilmente o PSD será visto como alternativa.”

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