Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, discursou esta madrugada perante o Comité Olímpico Internacional para apelar ao cumprimento das regras sanitárias durante os Jogos Olímpicos. Entre outros temas, lembrou que a pandemia não acabou, que é um “teste” e que o mundo está a “falhar”. E que entre o presente momento e o final da competição, que acontece entre 23 de julho e 8 de agosto, morrerão em todo o mundo 100.000 pessoas.

“Mais de quatro milhões de pessoas morreram e mais continuam a morrer. Só este ano, o número de mortes é mais do que o dobro do total do ano passado”, disse, citado pela Sky News. “No tempo que levo a fazer estas observações, mais de 100 pessoas perderão as suas vidas para a Covid-19. E quando a chama olímpica for extinta a 8 de agosto, mais de 100.000 pessoas morrerão”, continuou. Entre esta quarta-feira e o fim dos jogos contam-se 19 dias.

O diretor-geral da OMS disse ainda que acabar com a pandemia “está nas nossas mãos”. “Temos todas as ferramentas de que precisamos. Podemos prevenir esta doença, podemos testá-la e podemos tratá-la. É mais do que temos para muitas doenças que já existem há muito mais anos”, lembrou. “Podemos escolher acabar com a pandemia.”

“Para lá da competição, para lá das medalhas e recordes, que estes Jogos aproximem as nações do mundo em celebração. Uma celebração do desporto, uma celebração de saúde, uma celebração de excelência, uma celebração de amizade e respeito”, apelou o diretor na OMS. “Mas também de algo ainda mais importante, de algo que o mundo precisa agora, mais do que nunca: uma celebração de esperança.”

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Presidente do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio não descarta cancelamento de última hora devido à pandemia

Na terça-feira, a três dias da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, um dos responsáveis não afastou a hipótese de um cancelamento de última hora devido à pandemia Covid-19. Numa conferência de imprensa, Toshiro Muto, presidente do Comité de Organização da olimpíada nipónica, disse que a atenção irá manter-se sobre o número de casos e na situação da pandemia, não descurando mais reuniões com outros organizadores, que neste caso são o governo japonês, o Comité Olímpico Internacional, o Comité Paralímpico Internacional e o Governo Metropolitano de Tóquio.