A primeira atleta transgénero a pisar o chão dos Jogos Olímpicos (JO) foi eliminada na categoria feminina de +87 quilos. Esta segunda-feira, a neozelandesa Laurel Hubbard ficou oficialmente fora da competição ao não conseguir, numa primeira tentativa, levantar 120 quilos para, logo depois, falhar duas vezes nos 125 kg. A halterofilista de 43 anos — que foi também a mais velha neste desporto, este ano — diz assim adeus à sua participação olímpica em Tóquio depois de fazer história. A sua transição aconteceu em 2013, já depois de ter competido em provas masculinas de levantamento de peso.

Ficou elegível para participar na categoria feminina depois de o Comité Olímpico Internacional ter alterado as regras: qualquer atleta transgénero poderia competir, desde que os seus níveis de testosterona estivessem abaixo de dez nanomoles por litro durante, pelo menos, o ano que antecedeu a competição.

Na sua despedida desta edição dos JO, que esteve repleta de jornalistas e de muita atenção mediática, quis agradecer ao Comité Olímpico Internacional (COI). “Gostava de agradecer especialmente ao COI, porque acredito que afirmou o seu compromisso com os princípios dos Olímpicos, que estabelece que o desporto é algo para todas as pessoas, que é inclusivo e acessível”, disse citada pela BBC.

A sua carreira, além de ser elogiada, também tem estado envolta em polémica. Em 2018, a Austrália tentou que Laurel Hubbard fosse excluída dos Jogos da Commonwealth, algo que a organização daquele evento não autorizou. Um ano depois, ganharia o ouro nos Jogos do Pacífico em Samoa, algo que foi contestado publicamente por ter vencido a atleta do país anfitrião, Feagaiga Stowers.

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