Bob Dylan está a ser processado por, alegadamente, ter violado várias vezes uma menina de 12 anos, em 1965, avançaram vários órgãos de comunicação social como o USA Today. De acordo com o processo, o cantor, que na altura tinha 24 anos, terá “usado o seu estatuto de músico” e “drogas, álcool e ameaças de violência” para coagir a rapariga a ter relações sexuais num hotel em Nova Iorque (EUA). Dylan, que tem agora 80 anos, nega tudo.

Bob Dylan começou uma amizade e estabeleceu uma conexão emocional com a queixosa, J.C., para diminuir as suas inibições com o objetivo de abusar sexualmente dela, o que fez, juntamente com o fornecimento de drogas, álcool e ameaças de violência física, deixando-a emocionalmente marcada e psicologicamente afetada até hoje”, lê-se na acusação.

De acordo com o processo, Bob Dylan, cujo nome real é Robert Zimmerman, abusou da rapariga “por várias vezes” durante um período de seis semanas entre abril e maio de 1965. Segundo o advogado Daniel W. Isaacs, que defende a alegada vítima, “os atos predatórios, sexuais e ilegais de Dylan contra queixosa equivaleram a uma série de contactos prejudiciais e ofensivos, todos feitos intencionalmente sem o seu consentimento”.

Um porta-voz do cantor, vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2016, afirmou ao USA Today: “A acusação com 56 anos é falsa e será vigorosamente defendida”.

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Apesar de o caso ter mais de 56, por ter alegadamente acontecido em Nova Iorque enquadra-se no estipulado na lei de 2019 “New York Child Victims Act”. Esta lei permite que pessoas que foram abusadas em crianças possam processar outras mesmo que tenham passados várias décadas. Neste caso, o processo foi interposto apenas um dia antes do fim do prazo máximo disponível que a queixosa tinha para processar Dylan pela alegada violação.

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