A Citroën deu o pontapé de saída ao conceber o Ami, um veículo eléctrico eminentemente citadino – a autonomia de 75 km não lhe permite voos maiores – e extremamente barato, uma vez que é comercializado em França por 7000€ e em Portugal por 7350€, devido à diferença do IVA e mais uns pozinhos… A Opel pegou no conceito, “vestiu-o” à sua maneira, mantendo os mesmos painéis por uma razão de custos e eis o Rocks-e, modelo que tal como o seu irmão Ami se destina a poder ser conduzido por jovens com apenas 16 anos, ou a idosos sem carta, substituindo os habituais (e mais caros) “mata-velhos”.
O Opel Rocks-e mantém o motor com 6 kW, cerca de 8 cv, o que lhe permite atingir 45 km/h, pelo que as multas por excesso de velocidade estão fora da equação. Porém, não se deixe amedrontar por não chegar a aflorar 50 km/h, uma vez que o pequeno veículo (2,41 m de comprimento, 28 cm menos do que o Smart Fortwo) é mais rápido a chegar à velocidade máxima do que muitos veículos com que vai disputar o pára-arranca citadino, sobretudo porque o seu peso não ultrapassa 471 kg.
A bateria de 5,5 kWh garante a capacidade de percorrer 75 km entre recargas, o que serve na perfeição para os jovens passarem pela escola, dar um salto à praia e “curtir” com os amigos, para depois recarregar o carro na tomada lá de casa à noite, durante 3,5 horas.
Lá dentro há lugar para dois adultos, capaz de acolher indivíduos com até 1,90 m, com espaços para receber sacos e caixas, uns tapados e outros não. As duas portas a abrir uma para a frente e outra para trás, uma das características do projecto da Citroën, devem-se ao facto do veículo montar portas idênticas e transforma-se num elemento que reforça o espírito radical do Rocks-e. O smartphone faz parte integrante do modelo, proporcionando o ecrã onde surgem todas as informações relevantes, do sistema de navegação ao multimédia, música e dados sobre o Rocks-e, estes através da app My Opel.
As limitações de produção na linha de fabrico da Citroën levam a que não se saiba ainda quando o Rocks-e será proposto aos condutores portugueses, com a Opel a antecipar que, “na melhor das hipóteses, acontecerá durante 2022”. Na Alemanha, já foi prometido que “o preço é imbatível”, recordando que em França o Ami é proposto por 6990€, com o leasing a ser oferecido por 20€/mês. Como o Ami em Portugal é comercializado por 7350€, a diferença para o Rocks-e não será grande.