Todos os construtores, de uma forma ou outra, estão de olho na condução autónoma. Uns a gastar milhões a desenvolvê-la, apostando que em breve será uma das tecnologias mais exigidas pelos futuros clientes, além de motivo de escolha entre um modelo ou outro. Outros fabricantes, os mais pobres ou tecnologicamente menos desenvolvidos, estão à espera que surja um fornecedor com um sistema de condução “sem condutor” eficiente e seguro, tanto em auto-estrada e estrada (o que será mais fácil), como em cidade (substancialmente mais difícil).
Se entre os fabricantes é a Tesla que parece mais avançada nas ajudas à condução, entre os fornecedores é a Google, através da Waymo, a divisão criada para o efeito pelo gigante tecnológico. A Waymo já possui um programa experimental em Phoenix, no estado do Arizona, onde transporta gratuitamente passageiros que desejem utilizar este serviço de táxi sem condutor, para ir do ponto A ao B. Isto após uma fase inicial em que os passageiros tinham de assinar um acordo de confidencialidade, bem como o compromisso de reportar erros, deficiências ou mau funcionamento.
Depois de Phoenix, a Waymo ruma a São Francisco, onde passou a propor uma oferta similar, ainda com os dois contratos mencionados atrás. Os veículos ao serviço dos utilizadores da cidade que circunda a conhecida baía são os Jaguar I-Pace, que os clientes têm de chamar via app e que depois os transportam rumo ao seu destino.
De momento, e até o serviço denominado Trusted Tester conquistar a confiança dos reguladores, os Jaguar serão obrigados a ter alguém atrás do volante, mas sem interferir, uma vez que estes veículos já estão equipados com o que de melhor a Waymo tem para oferecer: a 5ª geração do Driver AI.
Os clientes usam a app da Waymo para requisitar o serviço, sendo igualmente através da app que enviam os seus comentários, críticas e elogios, com a Waymo a parecer mais interessada nas primeiras, para fazer evoluir o serviço de condução autónoma. São Francisco, com as suas elevações pronunciadas e nevoeiro em alguns períodos do ano, coloca um grau de dificuldade superior ao do serviço Trusted Tester em Phoenix, onde o sol é uma constante durante o dia.
A Google está a posicionar-se para liderar a oferta deste tipo de software, que as marcas poderão propor por um custo inicial – até porque há que suportar os custos do hardware –, a que será associado um aluguer mensal para utilização do serviço, que poderá ser, ou não, custeado pelo cliente.
A Waymo não é a única empresa a desenvolver a condução autónoma em São Francisco, pois juntamente com a mais recente geração da divisão de condução autónoma da Google, um vídeo captou um Ford Mondeo equipado com o último sistema da Lyft, que recentemente foi adquirida pela Toyota.