O artista chinês Ai Weiwei e o filósofo francês Gilles Lipovetsky estão entre os participantes da conferência internacional “Reboot: A Arte ao Serviço da Sustentabilidade do Planeta”, promovida pela Fundação Joana Vasconcelos, que acontece este mês em Lisboa.

De acordo com a artista plástica Joana Vasconcelos, em declarações à Lusa, a 1.ª edição da “Reboot”, marcada para 17 de setembro, será “um espaço de debate e reflexão sobre o estado da Arte depois da pandemia”.

“No fundo, servirá para fazer uma espécie de avaliação do momento presente e da situação em que vivemos, debatendo várias temáticas, como a Arte Pública, Arte e Cidadania ou de que maneira é que os artistas têm uma intervenção social”, afirmou.

A lista de participantes inclui, segundo o curador da conferência, André de Quiroga, conferencistas da China, França, Brasil e Espanha.

Entre os participantes contam-se os artistas Ai Weiwei e Xing Danwen, o colecionador Sylvain Levy, o artista Jean Denant, o primeiro diretor do Museu Berardo, Jean-François Chougnet, o diretor do Museu do Museu de Arte Moderna do Centro Georges Pompidou, Bernard Blistène, e o filósofo Gilles Lipovetsky.

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Devido à situação atual, em que há algumas restrições na circulação entre países, alguns conferencistas, como a artista Xing Danwen, participarão de forma virtual.

Dos vários debates, André de Quiroga destacou o que irá juntar Joana Vasconcelos e Ai Weiwei, moderado pelo curador de arte espanhol Enrique Juncosa, e terá como tema a responsabilidade social dos artistas.

André de Quiroga lembra que, além de artista, Ai Weiwei é também ativista e que Joana Vasconcelos tem muito presente na sua obra as questões da igualdade de género. Além disso, o comissário recordou que a artista portuguesa criou em 2012 a Fundação Joana Vasconcelos, através da qual atribui bolsas de estudo a estudantes de artes.

A conferência, salientou, além de servir para “repensar o futuro, o ecossistema das artes“, será também para “tentar estender a área da influência geográfica da fundação ao mercado que a Joana tem enquanto artista que é um mercado global”.

A “Reboot: A Arte ao Serviço da Sustentabilidade do Planeta” decorrerá no atelier da artista, situado junto ao rio Tejo, na zona de Alcântara, e será acessível ao público, que pode assistir presencialmente ou ‘online’, de forma gratuita.

As inscrições na conferência poderão ser feitas através do ‘site’ oficial da “Reboot”, que estará disponível nos próximos dias.

A “Reboot” conta com o apoio do programa Garantir Cultura, destinado a apoiar a criação e a programação artísticas, em todo o país, com o objetivo de, segundo o Governo, contribuir “para a recuperação do setor”, na sequência das medidas restritivas das atividades.