O chefe do Governo de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, vai estar presente no funeral do antigo Presidente português Jorge Sampaio, que se realiza no domingo, em Lisboa, disse à Lusa fonte do executivo são-tomense.

A mesma fonte indicou que o primeiro-ministro são-tomense viaja este sábado para Portugal.

Na sexta-feira, Bom Jesus recordou Jorge Sampaio como uma “grande referência de homem de Estado” para São Tomé e Príncipe e para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Creio que o seu legado será seguido pelos mais novos e espero que o povo português possa continuar a honrar a memória deste grande homem, que, além de ser uma referência para o povo português, para a comunidade da CPLP, é um cidadão do mundo”, afirmou o primeiro-ministro são-tomense, reagindo à morte do antigo Presidente português.

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O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu na sexta-feira aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.

Hoje decorre o velório, e o funeral, com honras de Estado, realiza-se no domingo, antecedido por uma homenagem nacional no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.