A partir do próximo dia 27 de setembro, por ordem do governador Andrew Cuomo, todos os trabalhadores da saúde no estado de Nova Iorque têm de ter sido inoculados pelo menos com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 — quem não quiser ser vacinado, será despedido.

Dois dias antes disso, anunciou na passada sexta-feira Gerald Cayer, o responsável pelo Sistema de Saúde do Condado de Lewis, será encerrada a maternidade do hospital Lewis County General, em Lowville: pelo menos seis funcionários já se demitiram, por não quererem ser vacinados, e outros sete estão ainda indecisos sobre a decisão a tomar. “O número de demissões não nos deixa outra escolha senão a de fazer uma pausa nos nascimentos de bebés no Lewis County General Hospital”, anunciou Cayer, citado pelo Washington Post.

Segundo o responsável, a escassos dias do prazo final para a vacinação, 165 funcionários do hospital, cerca de 27% do total, continuam ainda sem ter recebido qualquer dose. Deste grupo, 73% serão médicos, enfermeiros ou outros funcionários encarregues de prestar serviços de saúde à população. O objetivo de Gerald Cayer para as próximas semanas é contratar funcionários vacinados para poder reabrir a maternidade em Lowville o mais rapidamente possível.

No passado dia 1 de setembro foram várias as centenas de trabalhadores do setor da saúde que se juntaram em manifestações contra a vacinação obrigatória no estado. Ao mesmo tempo, têm-se tornado cada vez mais audíveis os apelos à vacinação feitos pelos profissionais de saúde à população em geral — segundo o Washington Post, neste momento serão 97 mil as pessoas internadas nos hospitais de todo o país com Covid-19, um quarto delas em serviços de cuidados intensivos.

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Meses antes de Andrew Cuomo tornar a vacinação de profissionais de saúde obrigatória no estado de Nova Iorque, o Hospital Metodista de Houston, no Texas, fez o mesmo. Em junho, 178 funcionários foram suspensos, mais de 150 deles acabaram por ser despedidos.

Hospital de Houston suspende 178 funcionários não vacinados. “Esperamos que o sejam em 2 semanas. Se não, terão de encontrar outro trabalho”