Em setembro, há coisas que são praticamente certas. O verão acaba e começa o outono, a escola recomeça e, como tem acontecido desde 2012, a Apple apresenta as suas novidades. Por norma, este é o evento mais popular da empresa porque é nesta data que a tecnológica revela novos modelos dos iPhone. Este ano, e ao que tudo aponta, não será diferente. Será anunciado o modelo 13 da marca, com um pacote de atrativos, entre eles lentes melhores, que captam a luz até quando está muito escuro, para tirar fotos à noite, mais memória, bateria a durar mais tempo e carregamento magnético.

À semelhança do que se repete ano após ano, há muitas informações cruzadas sobre o que a Apple vai revelar, que, claro, vai além dos iPhone.

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Vêm aí os iPhone 13? Parece que sim, e há até quem fale que terão lentes que veem no escuro

Este é o rumor que parece ser o mais certo. Como têm revelado jornais especializados em tecnologia, como o Engadget, a Apple não vai atrás de superstições e revelará o modelo 13. De acordo com o que tem sido falado, serão revelados até quatro novos modelos de iPhone com 5G, como a Apple fez em 2020 quando anunciou os iPhone 12, e vão ter lentes melhoradas para o modo noturno. Assim, espera-se que a empresa divulgue o iPhone 13 mini, o iPhone 13, o iPhone 13 Pro e o iPhone Pro Max.

Segundo outras publicações, como o Macrumors, a novidade mais certa quanto a estes novos modelos será relativamente ao ecrã. Além de um entalhe (o notch) no topo do visor mais pequeno, a Apple introduzirá nestes aparelhos visores com taxas de atualização de 120Hz. O que é que isto quer dizer? Na prática, que poderá ver imagens em movimento, como quando desliza o dedo do visor, mais fluidas.

Outra das novidades que tem sido bastante referida em meios como o Cnet, mas que não é garantida, é quanto às câmaras fotográficas. A empresa não deve apresentar uma mudança tão radical como a que fez em 2019 — para azar dos tripofóbicos, a disposição das câmaras deverá continuar a ser a mesma que foi apresentada nesse ano. Mesmo assim, vários rumores apontam que os próximos iPhone vão ter novas lentes grande angular com maior abertura — os mais técnicos referem que terá uma abertura f1.8, que é melhor que a atual f2.1.

Esta alteração permitirá que os próximos iPhone possam, teoricamente, captar fotografias com mais qualidade mesmo em ambientes mais escuros. Desde 2019, com os iPhone 11, e depois de a Huawei ter apresentando os primeiros modelos de smartphones que captavam luz em ambientes muito escuros, que a Apple tem melhorado o modo “Night Mode”. Com estas novas lentes, e através deste modo, a empresa poderá conseguir esse objetivo de ter boas fotografias noturnas que os utilizadores queiram tirar.

Outra das novidades quanto às câmaras fotográficas será relativamente à estabilização, apesar de não ser um rumor tão garantido. Segundo o Digitimes, a empresa poderá adicionar sensores de estabilização como os que oferece no iPhone 12 Pro Max em todos os modelos iPhone 13. Esta funcionalidade permite melhorar a trepidação de um filme durante uma filmagem, por exemplo.

A Apple deverá apresentar ainda novos processadores móveis — os chips A15 — para estes equipamentos, que permitirão ter velocidades de processamento mais rápidas e acesso com menos latência às redes 4G e 5G. Adicionalmente, espera-se também que as baterias tenham uma autonomia maior, combatendo uma das principais críticas que os modelos de 2020, como o iPhone 12 Mini, receberam.

Desde que a Apple lançou o iPhone X em 2017, que os modelos passaram a, teoricamente, ter autonomia para um dia de utilização. Com o iPhone 11, esta funcionalidade melhorou ligeiramente mas, com os 12, a autonomia piorou novamente. Como avançou o Phone Arena, com o iPhone 13 a Apple “arranjou uma maneira de pôr baterias maiores dentro dos equipamentos”. Quão maior é a bateria? O suficiente para oferecer entre uma a duas de utilização normal.

Ainda quanto à bateria, a Apple deverá lançar com estes iPhone 13 um melhorado MagSafe, a tecnologia de carregamento magnético da marca (basta juntar o carregar como que um íman). Na prática, deverá permitir um carregamento mais rápido através desta tecnologia lançada no passado — mesmo com as novas capas de várias cores para o smartphone (há até 12) que a empresa deverá também lançar.

Quanto à memória interna, a Apple deverá manter a que oferece nos atuais modelos 12 (64GB a 256GB nos modelos mini e 12 e 128GB, 256GB e 512GB no Pro e Pro Max). Não obstante, vários analistas de mercado, como noticiou em agosto o Macrumors, falam de uma versão Pro com um terabyte de memória interna (o dobro da maior atualmente disponível).

Quanto ao preço, e como avançou a página Tom’s Guide, mesmo o mais barato dos novos modelos destes smartphones não será para todas as carteiras. Ao que tem sido avançado, o valor dos iPhone 13 rondará o dos equivalentes iPhone 12, em que o mais barato, a versão mini de 64GB, custa 699 dólares, em Portugal 829 euros.

Um Apple Watch com um design renovado

Os próximos iPhone poderão não ter grandes alterações de visual. Contudo, e como têm avançado alguns meios como o 9to5Mac, a Apple revelará na terça-feira os Apple Watch Series 7, os relógios inteligentes (ou smartwatches) da marca, que terão um ecrã com um design renovado.

A principal diferença será o tamanho. Desta vez, os modelos serão de 41mm e 45mm, em vez de 40mm e 44mm. Este rumor leva os principais meios a antecipar que os relógios poderão ter uma autonomia de bateria maior e até novos sensores para medição da temperatura corporal.

Relativamente ao ecrã, este deverá ser mais achatado, referem vários meios. Desta forma, segundo o Cnet, este novo smartwatch deverá ficar mais semelhante aos iPhone 12. O Apple Watch 7 deverá utilizar o sistema operativo WatchOS 8, revelado em junho pela Apple.

Passados dois anos, deverão aparecer novos Airpods

A última vez que a Apple lançou uma nova versão dos seus auriculares sem fios, os AirPods, foi em 2019. Mesmo com uma pandemia pelo meio, concorrentes como a Samsung ou a Sony lançaram entretanto novas versões de auscultadores. Por causa disso, a empresa deverá revelar esta terça-feira os AirPods 3, a terceira geração dos auriculares sem fios da Apple.

Apesar de não haver muitas informações quanto às melhorias que a empresa introduziu neste modelo, a sustentar este rumor está uma notícia da Bloomberg de maio deste ano. No artigo, a agência de notícias revelou que a Apple estava a planear lançar este mês os AirPods 3. Ao contrário dos AirPods Pro, lançados também em 2019, não deverão ter cancelamento de ruído. Mesmo assim, a autonomia de bateria deverá ser maior e produzirão som com maior qualidade.

E novos iPad, Macbooks ou o carro da Apple?

Apesar de haver rumores para quase tudo o que a Apple poderá apresentar — até um carro?, como relembrou no domingo o Financial Times –, as novidades descritas acima deverão ser as únicas coisas que a empresa revelará no evento. Por não serem tão credíveis, de fora das expetativas para a apresentação estão produtos como a nona geração dos tablet iPad, um iPad mini 6 ou novos MacBook Pro.

Apesar de a Apple ser conhecida pelas surpresas, estes últimos produtos deverão aparecer em próximos eventos, que podem ainda acontecer este ano. Afinal, no final de 2020, de forma algo atípica, a tecnológica fez não um, mas sim três eventos: a 15 de setembro, no qual anunciou tablets iPad e relógios Apple Watch; a 13 de outubro, no qual apresentou, como faz por essa altura do ano, os novos iPhone; e a 10 de novembro, no qual divulgou novos processadores. A 20 de abril deste ano, a empresa voltou a divulgar novos produtos, tendo a apresentação ficado marcada pelos novos modelos de computadores iMac.

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Assim, e à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, o foco principal da apresentação desta terça-feira deverão ser os próximos modelos iPhone. A empresa deverá ainda utilizar o evento para dar a conhecer pequenas novidades quanto ao software dos seus produtos, como a data do iOS 15, e projetos sociais nos quais está envolvida. Quanto a isso, não deverá aparecer nenhuma grande novidade. Além disso, também não se espera que a Apple fale da recente decisão do processo que lhe foi interposto pela dona do Fortnite, a Epic Games, que obrigou a empresa a ter de mudar as regras da App Store.

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O evento de setembro deste ano chama-se “California streaming” e está marcado para as 18 horas de Lisboa (10 horas da manhã de São Francisco). À semelhança do que a empresa tem feito nas últimas apresentações de produtos devido à pandemia de Covid-19, este evento vai ser transmitido online a partir da sede da empresa, o Apple Park, em Cupertino, na Califórnia (EUA).