O cabeça de lista da CDU à Câmara da Figueira da Foz, Bernardo Reis, criticou esta terça-feira a rede ineficaz de transportes públicos na cidade e no concelho para, no primeiro dia da campanha eleitoral, colocar o assunto entre as suas prioridades.

“Um dos graves problemas que realço é a falta de transportes, o que limita a circulação dentro da cidade e entre as freguesias e a cidade”, apontou à agência Lusa o candidato, antes de uma ação de distribuição de propaganda eleitoral na cidade.

Assegurada por privados e paga pelo município, a “rede é muito insuficiente” e o recentemente criado transporte a pedido “não satisfaz por ser marcado na véspera”, criticou.

Neste sentido, explicou, a CDU propõe “criar transportes coletivos com percursos e horários ajustados às necessidades da população”, uma rede para a qual o município tem de criar capacidade financeira, se não tem”.

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Uma prioridade que se justifica quando, lembrou, o estacionamento é pago na zona baixa da cidade e “sobrecarrega os orçamentos familiares”.

Virado para políticas que desincentivem o uso do transporte particular, o cabeça-de-lista da CDU defendeu também um maior investimento na melhoria e duplicação das ligações ferroviárias entre a Figueira da Foz e Coimbra, a requalificação da Linha do Oeste e a reposição da Linha da Beira Alta (entre Pampilhosa e Figueira da Foz).

No mesmo sentido, quer criar, na entrada da cidade, um terminal de passageiros, onde estes possam estacionar o seu veículo privado e usar os transportes públicos rodoviários e ferroviários.

Neste primeiro dia da campanha eleitoral, Bernardo Reis, se for eleito, prometeu assumir o seu mandato, “para servir e não se servir” das funções.

A CDU tem como objetivo voltar a ter o vereador que chegou a ter há mais de três décadas.

Na Figueira da Foz, são também candidatos, Rui Curado Silva (BE), Pedro Machado (PSD), Miguel Mattos Chaves (CDS-PP), Pedro Santana Lopes (independente) e Carlos Monteiro (PS), atual presidente da autarquia.

O executivo municipal da Figueira da Foz é liderado pelo PS, com seis mandatos, contra três do PSD, sendo que o partido retirou a confiança política a dois dos seus vereadores.

As eleições autárquicas estão agendadas para 26 de setembro.