Numa ação de campanha em jeito de “agradecimento” aos profissionais de saúde, a candidata do BE à presidência da Câmara de Santarém, Fabíola Cardoso, esteve esta quinta-feira nos bastidores do centro de saúde onde é utente e do qual, confessou, é “fã”.

Numa comitiva que integrou as cabeças de lista à Assembleia Municipal, Filipa Filipe, e à União de Freguesias da Cidade de Santarém, Teresa Nascimento, ambas profissionais de saúde, Fabíola Cardoso ouviu os relatos dos tempos difíceis e dos exemplos de superação e sobre-esforço requeridos aos profissionais da Unidade de Saúde Familiar (USF) de S. Domingos e da Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC), instalada no mesmo edifício.

“Para a campanha autárquica do Bloco de Esquerda, o único cluster da saúde que importa desenvolver, apoiar, divulgar nas suas boas práticas, que nos permitiram ultrapassar esta terrível pandemia Covid, é o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse Fabíola Cardoso à Lusa.

“Vir aqui foi o nosso apoio explícito a estes profissionais, a este sistema que o Bloco de Esquerda apoia e defende”, declarou, comprometendo-se a levar para a Assembleia e a Câmara Municipal uma prática de proximidade e de apoio à resolução de problemas.

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Durante boa parte da manhã desta quinta-feira, a comitiva do BE ouviu e questionou a coordenadora da USF de S. Domingos, a médica de família Sandra Quitério, procurando inteirar-se “das dificuldades que ainda existem, principalmente em termos de recursos humanos, mas também para conhecer as boas práticas, as histórias de tantas e tantos profissionais que muitas vezes com risco pessoal, não conseguindo apoiar a sua família da maneira que deveriam, estiveram ao serviço daquela que foi a grande linha de defesa contra a Covid, que foi o SNS”.

Para Fabíola Cardoso, além dos apoios mencionados no encontro desta quinta-feira — como o contentor instalado no exterior do edifício para atendimento de pessoas que possam estar infetadas com o vírus que provoca a Covid-19 -, o município pode alocar os recursos humanos para atendimento de telefones e respostas a emails, identificada pela responsável da USF como a situação que está a gerar maior entropia ao serviço.

“A Covid trouxe algumas coisas positivas, no meio de muitas negativas, e uma delas foi as pessoas terem criado hábitos de contacto informático e telefónico com instituições e isso pode ser reforçado”, afirmou.

Numa visita às instalações da UCC, guiadas pela enfermeira Maria João, foram ouvidos relatos de “tempos muito difíceis” vividos durante a pandemia da Covid-19, de procura de resposta aos surtos que foram surgindo, sobretudo em lares de idosos, com os profissionais de saúde a transformarem o ginásio do edifício numa sala de costura para suprirem a falta de equipamentos de proteção individual, a que acresceu a necessidade de darem resposta às campanhas de vacinação.

Professora de profissão e atual deputada na Assembleia da República, Fabíola Cardoso fez questão de agradecer o “trabalho excelente” realizado pelos profissionais de saúde, não só por serem “inexcedíveis e de grande coragem” no combate à pandemia, como pela ação que é desenvolvida junto das escolas do concelho.

O atual presidente do município escalabitano, Ricardo Gonçalves (PSD), concorre a um terceiro mandato, candidatando-se, ainda, às eleições do próximo dia 26 o socialista Manuel Afonso, a bloquista Fabíola Cardoso, o comunista André Gomes, pela CDU, o dirigente do Chega Pedro Frazão, o técnico de recursos humanos Alexandre Paulo (CDS-PP), a docente de informática e robótica Rita Lopes (PAN) e o gestor de produto Marcos Gomes (IL).