A partir do dia 15 de outubro, para entrarem no trabalho, todos os trabalhadores em Itália terão de apresentar o passe verde (equiparado ao certificado digital em Itália), ficando assim obrigados àquela que já está a ser considerada uma das medidas anticovid mais rígidas do mundo.

Os trabalhadores ficam obrigados por lei a apresentarem certificado de vacinação, teste negativo à Covid-19 ou certificado de recuperação válido para entrarem nos seus locais de trabalho. Caso não o façam serão suspensos sem remuneração, mas não poderão ser demitidos, afirma a Reuters. As pessoas que ignorarem a medida e forem trabalhar terão de pagar uma multa entre os 600 e os 1.500 euros.

O objetivo do primeiro-ministro, Mario Draghi, é persuadir as pessoas a serem vacinadas, depois de nas últimas semanas ter havido protestos esporádicos em Itália contra as medidas que aumentam a pressão para a toma da vacina. No entanto, a maioria dos partidos, assim como a principal federação de empregadores, apoiaram a medida, na esperança de evitar novos bloqueios económicos.

Alguns países da União Europeia (UE) ordenaram os seus profissionais de saúde a tomarem as vacinas contra a Covid-19, mas nenhum outro tornou o certificado digital obrigatório para todos os funcionários, o que faz de Itália um caso de teste para a UE .

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Renato Brunetta, ministro italiano das Administrações Públicas, afirma que esta decisão coloca a Itália “na vanguarda do mundo”, e que espera que permita ao país evitar novos encerramentos e quarentenas este inverno devido à pandemia.

O ministro explicou que esta iniciativa vai de encontro ao objetivo de ver a economia italiana crescer cerca de 6% no conjunto de 2021, em comparação com a queda de 8,9% em 2020.

Mariastella Gelmini, ministra dos Assuntos Regionais, disse os testes à Covid-19 serão gratuitos para quem não puder ser vacinado, mas que custarão 8 euros para menores e 15 euros para o resto da população, sendo que atualmente custam cerca de 20 euros.