A coligação PSD/CDS-PP/PPM à Câmara de Gaia, encabeçada por Cancela Moura, quer criar um conjunto de centros urbanos no concelho, com serviços de proximidade em resposta à emergência climática, e uma “solução imediata” de mercado municipal de arrendamento.
“O nosso projeto político está assente naquilo que é a ‘cidade de 15 minutos’, uma ideia ambiciosa de criar um conjunto de centros urbanos, mais do que um em cada freguesia. O território tem uma dimensão brutal e seria uma ideia muito interessante que está a ser adotada pelas capitais do futuro“, referiu o candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM às eleições autárquicas de 26 de setembro.
Cancela Moura falava à Lusa durante a arruada que decorreu na principal via de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, a avenida da República, onde, juntamente com o mandatário da sua candidatura, o eurodeputado Paulo Rangel, contactou com comerciantes e cidadãos.
Para Cancela Moura, a ‘cidade de 15 minutos’ é “uma resposta à emergência climática” mas também à “realidade do teletrabalho”, destacando que está previsto em 2023 um terço dos trabalhadores estar neste regime.
Esta proposta passa pela criação de praças multicêntricas que tenham ligação à Internet, oferta de serviços de proximidade, quer públicos quer privados, de bens e serviços”, adiantou ainda.
O também deputado na Assembleia da República e líder do PSD de Gaia apontou que “projetar um edifício de 14 milhões de euros para concentrar todos os serviços, como se fazia há duas ou três décadas”, não é a solução e defendeu a aplicação dessa verba “em conectividade ou serviços públicos de proximidade”.
Cancela Moura, de 57 anos, destacou também que a coligação que lidera “é o único projeto alternativo à atual maioria municipal”, apontando que pretende “criar uma alternativa exequível que faça mais e melhor pelo concelho”.
A coligação PSD/CDS-PP/PPM quer adotar ainda uma “medida imediata” na área da habitação com a criação de um mercado municipal de arrendamento “desde já” que permita “colocar no mercado para jovens, casais jovens ou famílias carenciadas aquilo que possam ser casas devolutas” através da requalificação destas.
Existem mais de três mil famílias, mais de três mil pedidos e 80% destes não foram sequer tratados nos últimos oito anos. Não se construiu uma única habitação social”, sublinhou.
E recusou ainda a ideia de “ficar à espera” até 2026 da construção de 2100 fogos, uma “promessa adiada do atual executivo por causa do Plano de Recuperação e Resiliência”, plano que o deixa “apreensivo” por “ter sido prometido a Gaia como foi a outros municípios”.
São candidatos à Câmara de Vila Nova de Gaia o atual presidente Eduardo Vítor Rodrigues (PS), Vítor Marques (coligação Movimento por Gaia — MPT/PDR), Diana Ferreira (CDU), Renato Soeiro (BE), Alcides Couto (Chega), Cancela Moura (PSD/CDS-PP/PPM), Nuno Gomes de Oliveira (PAN), Orlando Monteiro da Silva (Iniciativa Liberal) e Ana Poças (Livre).