A candidata do CDS à junta de freguesia de Palmela, Linda Oliveira, foi alvo de disparos (que não lhe acertaram) enquanto afixava cartazes de campanha na sexta-feira à noite. A GNR/Palmela confirmou ao Observador que se deslocou ao local, mas que não identificou suspeitos nem encontrou armas de fogo. A candidata apresentou queixa contra desconhecidos.

Ao Observador, a candidata explica que estava “a colocar material de campanha à noite”, numa carrinha e acompanhada pelo marido quando pelas “22h30 na Avenida dos Caminhos de Ferro junto ao cruzamento com a Estrada do Lau” foi alvo dos disparos.

Segundo Linda Oliveira conta ao Observador — em algo que é corroborado por um comunicado entretanto emitido pelo CDS/Palmela — tratavam-se de “dois indivíduos, vestidos de preto, numa moto sem luzes e sem matrícula, que dispararam aquilo que, pelo som, eram tiros de caçadeira”.

A GNR remeteu para a Polícia Judiciária a investigação do caso de disparos de uma arma de fogo. Em comunicado citado pela Lusa, a Guarda Nacional Republicana explica que pelas 22:20 recebeu uma denúncia via 112, que dava conta de disparos de uma arma de fogo por dois indivíduos que se faziam transportar num motociclo. A denúncia telefónica terá sido feita por um trabalhador de afixação de cartazes eleitorais que se encontrava a laborar no local, e posteriormente pelo alegado proprietário de uma habitação. Segundo a GNR, foi feita inspeção do local na tentativa de recolher qualquer vestígio tendo os factos, pela natureza do crime, sido comunicados à Polícia Judiciária, que detém a competência para investigação.

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A candidata duvida que esta seja uma situação de criminalidade espontânea: “Os indivíduos dispararam na nossa direção, mas não contra nós, como se fosse apenas para assustar e não para acertar”. “O facto de estarem de preto e sem matrícula, mostra que situação foi premeditada”, denuncia, embora acrescente não ter provas de que houve “motivações políticas”.

Os dois autores dispararam ainda tiros contra uma habitação próxima, que terão danificaram a janela de uma família, que ficou igualmente assustada. “O senhor da vivenda ao lado até disse à família para se atirar para o chão quando o vidro lhe acertou na janela da sala”, explica a centrista ao Observador.

Em comunicado, o CDS/Palmela diz que “esta situação é mais uma a juntar-se à insegurança que se vive no concelho de Palmela camuflada pela inércia do executivo camarário que conta com vereadores do PS.” Nesta posição oficial os centristas dizem ainda que “o posto da GNR tem somente uma patrulha para proteger um território que vai do Golf do Montado até à Coca Cola na Quinta do Anjo.”

O CDS/Palmela defende mais investimento na área da segurança e que sejam feitas “pressões junto do Governo para que haja reforço do efetivo da GNR em Palmela e uma restruturação da segurança no concelho.”

O presidente do CDS, Fracisco Rodrigues dos Santos, já reagiu classificando o ato como “um atentado contra a democracia” perpetuado por “forças altamente extremistas”

O presidente do CDS-PP considerou este sábado que o tiroteio que surpreendeu a candidata à freguesia de Palmela tratou-se de um “atentado contra a democracia” da autoria de “forças altamente extremistas” e diz que não se deixa intimidar.

Líder do CDS imputa tiroteio a “forças extremistas” e diz que partido não se deixa intimidar: “Portugal não pode regressar ao tempo do PREC”

Atualizado com comunicado da GNR