O CEO da Skoda, Thomas Schäfer, dirige um construtor que conseguiu comercializar cerca de um milhão de veículos, apesar da pandemia, e espera repetir os resultados este ano, apesar da crise dos chips. Mas o crescente peso da marca checa dentro do Grupo Volkswagen tem a ver com a elevada rentabilidade da sua fábrica, bem como com o facto de o gigante germânico lhe ter confiado os mercados chinês e indiano.

Numa entrevista à autogazette, Schäfer mostrou-se agradavelmente surpreendido pelo facto do Enyaq, o seu primeiro veículo eléctrico da nova vaga, ter reunido mais de 70.000 encomendas para entregar ainda este ano, o que nunca tinha acontecido antes com modelos da marca. Este não é o primeiro eléctrico do construtor, que também produz o pequeno citadino Citigo iV. Só que este, ao contrário do Enyaq, é baseado num modelo a combustão.

A Skoda manifesta grande confiança no potencial de vendas do seu SUV eléctrico, bem como no Enyaq Coupé, que deverá lançar em 2022 e o pequeno utilitário previsto para 2025, para o qual Thomas Schäfer prevê um preço entre 20 mil e 25 mil euros.

A confiança da Skoda nos veículos eléctricos é tal que o CEO anuncia que o futuro da marca será eléctrico, o que significa prescindir das mecânicas híbridas plug-in (PHEV). Afirma Schäfer que “as soluções PHEV introduzidas no Octavia e no Superb são fundamentais, de momento, para as frotas e empresas”. Porém, o CEO sabe que esta realidade não vai durar para sempre, uma vez as ajudas financeiras aos PHEV irão começar a desacelerar em breve e, com o incremento da autonomia dos 100% eléctricos, aliado à redução dos preços, a sua capacidade para atrair novos clientes irá estar limitada a prazo.

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