As ações da Benfica SAD e a moradia na margem sul do Tejo do ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira foram arrestadas por ordem do Tribunal Cível de Lisboa, noticia esta quinta-feira o Correio da Manhã.

A decisão, de acordo com o mesmo jornal, foi determinada na passada sexta-feira a pedido do Novo Banco, no âmbito de créditos concedidos à Promovalor, a empresa de Luís Filipe Vieira. Para pagar esses créditos, o ex-presidente do Benfica deu bens pessoais como garantia, sendo que as ações da SAD do clube da Luz e a moradia na margem sul do Tejo são os únicos bens em nome de Luís Filipe Vieira. Entre 2014 e 2018, a Promovalor, de acordo com uma auditoria da Deloitte, registou perdas de 225 milhões de euros para o Novo Banco.

Vieira comunica ao Benfica que quer vender 3,28% da SAD por quase seis milhões (mas não diz quem será o comprador)

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Estes bens do antigo presidente do Benfica foram arrestados depois de Luís Filipe Vieira ter revelado, no passado dia 7 de setembro, que recebeu uma proposta para vender os 3,28% das ações que tem da SAD benfiquista por um valor de 7,80 euros por ação, muito superior aos cinco euros por ação pagos em 2001. A confirmar-se o negócio, Vieira iria lucrar 5,9 milhões de euros.

Com as ações arrestadas, o negócio fica suspenso. O nome do comprador ainda não foi revelado, mas tanto José António dos Santos, conhecido como “Rei dos Frangos”, como John Textor negaram o envolvimento no negócio.

Luís Filipe Vieira foi detido em julho, suspeito de crimes como abuso de confiança, burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais, que lesaram o Estado, a SAD do Benfica e o Novo Banco. Em agosto, o juiz Carlos Alexandre aceitou a caução paga por Luís Filipe Vieira no valor de três milhões de euros.