Kilauea, o vulcão mais ativo do planeta, entrou em erupção esta quarta-feira, pelas 15h20 no Havai (2h30 de quinta-feira em Lisboa), segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, United States Geological Survey). Por enquanto, a atividade está confinada ao Parque Nacional de Vulcões do Havai.

As câmaras de vigilância do cume do vulcão mostraram os reflexos brilhantes da lava incandescente que começou a sair pelas fissuras da cratera Halemaʻumaʻu. A cratera tinha estado em erupção entre dezembro de 2020 e maio deste ano.

Imagens térmicas do início da erupção na cratera Halemaʻumaʻu, no vulcão Kilauea (Havai) — USGS

Antes da erupção, já o vulcão tinha dado sinais do que poderia estar para acontecer: a atividade sísmica aumentou e a superfície da cratera (um lago de lava solidificada) estava deformada, indicando o movimento do magma abaixo da superfície.

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Cerca de três horas depois do início da erupção, a lava recém expelida já tinha coberto o lago da anterior erupção. Por enquanto, a lava encontra-se confinada dentro da cratera Halemaʻumaʻu, um “buraco” dentro da grande caldeira do vulcão Kilauea (que tem 10 quilómetros quadrados de área).

A cratera Halema‘uma‘u (a vermelho) fica localizada na parte oeste da caldeira do vulcão Kilauea. A caldeira tem cerca de 5 km de comprimento por 3,2 km de largura — USGS

Kilauea é feito de recordes: é o mais novo e mais ativo vulcão havaiano; é o maior da cadeia de vulcões onde está inserido; é o que localiza mais a sul e é o vulcão com a erupção ativa mais longa de que há registo — as fissuras do lado este tem estado a libertar lava desde 1983.

O Observatório Vulcanológico Havaiano do USGS elevou o nível de alerta do vulcão de vigilância (watch) para prevenção (warning) e vai continuar a monitorizar a erupção. Para a aviação, o alerta subiu de laranja para vermelho.

Quando está em erupção, o vulcão Kilauea emite grandes quantidade de gases tóxicos, como o dióxido de enxofre.Os gases podem trazer problemas de saúde respiratória às pessoas e animais e podem danificar as plantas de cultivo e outras plantas. Além disso, as pequenas partículas, como as cinzas, podem causar a irritação dos olhos e pele.

A instabilidade das paredes da cratera Halemaʻumaʻu, assim como as rachas que se podem abrir no solo e a queda de pedras são outros motivos de risco e levaram ao encerramento da caldeira do vulcão a visitantes em 2007.