Como “o azar de uns, é a sorte de outros”, a aplicação de mensagens instantâneas Telegram acabou por “lucrar” com a falha do Grupo Facebook na segunda-feira que deixou “em baixo” durante mais de seis horas aplicações como o Whatsapp, o Facebook e o Instagram.

Apagão no Facebook deveu-se a uma mudança de configuração “defeituosa”. Dados de utilizadores não terão sido comprometidos

A aplicação de mensagens arrecadou cerca de 70 milhões de novos registos de utilizadores na última segunda-feira, informou o Tech Crunch. O fundador e chefe executivo do Telegram, Pavel Durov congratulou-se pela eficácia da equipa a lidar com o aumento súbito de atividade na aplicação:

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Estou orgulhoso da maneira como a nossa equipa lidou com este crescimento inédito, uma vez que o Telegram continuou a funcionar sem falhas, para a maioria dos seus utilizadores. Dito isto, alguns utilizadores nas Américas podem ter tido uma velocidade inferior à normal, visto que milhões de utilizadores destes continentes acederam ao Telegram para se registarem ao mesmo tempo”, escreveu Durov, no seu canal de Telegram, na última terça-feira, citado pelo Tech Crunch.

A Telegram reagiu ao apagão destas redes sociais e aplicações de mensagens — das mais populares da internet —, com ironia: publicou um gif no Twitter, uma das redes que não sofreu perturbações, em que um homem continua a trabalhar calmamente, enquanto atrás de si reina o caos.

Esta não foi a primeira vez que aplicações de mensagens como o Telegram ou o Signal tiraram proveito de falhas ocorridas no Whatsapp. A atualização pouco clara da política de privacidade do Whatsapp, em janeiro deste ano, levou milhões de utilizadores a “migrarem” para os seus rivais, preocupados com a segurança dos seus dados, lembra o Tech Crunch.

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Brian Acton, presidente executivo da empresa detentora da aplicação Signal, reagiu a este sobressalto do Whatsapp no início do ano,  afirmando que “Os menores eventos podem espoletar os maiores resultados”.