Israel confirmou a existência de um caso de infeção pela nova variante que nasceu da Delta, a AY.4.2, que, podendo ser um pouco mais transmissível, não é esperado que tenha grande impacto. “A variante AY 4.2. que foi descoberta em vários países da Europa foi identificada em Israel ”, esclareceu um comunicado do ministério da Saúde, citado pela AFP e divulgado na terça-feira.

O que se sabe sobre a AY.4.2, a nova variante que nasceu da Delta?

O caso diz respeito a um rapaz de 11 anos identificado no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, vindo da Europa. O rapaz foi desde logo colocado em quarentena e, segundo o ministério, nenhum outro contacto foi sinalizado.

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Em resposta, o primeiro-ministro israelita realizou uma reunião de emergência na quarta-feira e anunciou que o país iria tomar medidas “para preservar os resultados positivos da luta contra o vírus” — podem ser consideradas mudanças nos requisitos de entrada para visitantes. Naftali Bennett solicitou ainda uma investigação epidemiológica tendo em conta a nova variante.

Isto acontece numa altura em que o país pondera aligeirar as restrições face ao turismo após uma queda nos casos de infeção — no verão, durante os meses de agosto e setembro, chegaram a ser reportados mais de 11 mil infeções diárias. Entretanto, as autoridades lançaram uma campanha a propósito da terceira dose da vacina da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19, o que contribuiu para a redução dos casos. Esta quarta-feira, a título de exemplo, foram reportadas 1.487 novas infeções.

Nova variante descendente da Delta “é 10 a 20% mais contagiosa”

Como já antes escreveu o Observador, a nova variante AY.4.2, uma sublinhagem da variante Delta, está na mira da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido devido à “trajetória ascendente” em Inglaterra. O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) também já detetou casos em Portugal desta variante que têm duas mutações adicionais em relação à sublinhagem de origem (AY.4).

Os primeiros dados apontam que possa ser 10% mais transmissível do que a forma original do vírus identificada em Wuhan, na China, mas não justifica, por exemplo, o aumento do número de casos no Reino Unido.