“Inês de Castro”
Planeta, 21,90 euros
Isabel Stilwell traz-nos uma nova oportunidade de mergulhar na História de Portugal à boleia de uma das grandes figuras femininas da realeza nacional. A autora best-seller de romances históricos conta agora a história deInês de Castro, protagonista da que é, talvez, a história de amor mais conhecida da nação e que, reza a lenda, foi coroada rainha de Portugal já depois da sua morte. Ao longo de quase 500 páginas a vida de Inês de Castro é também o retrato de uma época em que Portugal e Castela viviam entre intrigas e trocavam traições e dos seus protagonistas. A vida de Inês inspirou muitos artistas e até Camões lhe dedica versos n’Os Lusíadas. Neste livro é retratada como ágil espia, influente no tabuleiro do poder, alvo da ira do rei Afonso IV, amante de D. Pedro e, por fim, rainha de Portugal.
“D. Mariana de Bourbon, A força da rainha”
Clube do Autor, 16,50 euros
Mariana Vitória de Bourbon era espanhola e foi a rainha consorte de D. José I durante 27 anos, até à morte do rei. Mais do que uma biografia da rainha, este livro é um retrato de uma época da história de Portugal recheada de acontecimentos relevantes e contada da perspetiva privilegiada da casa real. Paula Veiga já tinha escrito um livro sobre D. Leonor de Lencastre (“A rainha perfeitíssima”, Saída de Emergência). Agora mostra-nos uma rainha Mariana de Bourbon que descreve como mulher ciumenta e que gostava de se envolver nos assuntos da governação. Foi durante o reinado de D. José I, no século XVIII, que Portugal sofreu o terramoto de 1755 e passou de anos dourados a um país focado na reconstrução de Lisboa. Foi também a época dos Távora, a famosa família da alta nobreza, tendo o rei eleito como como amante D. Teresa. Um romance histórico que, dada a história da nação, também promete suspense e intriga.
“O Primeiro Amor de Dom Carlos”
Bertrand Editora, 17,70 euros
Este romance histórico foca-se numa fase da vida de D. Carlos, muito antes deste se tornar rei, e acompanha-o durante o final do século XIX, a partir do momento em que conheceu Amapola de la Gran Torre Caminha de Castro, uma fidalga luso-galega. Conta o livro que Amapola tinha uma casa de férias no Monte Estoril, D. Carlos, quando estava em Cascais, instalava-se na Cidadela e os dois conheceram-se no verão de 1879. Partilhavam o gosto pela cultura, pelas artes e em especial pela pintura, mas tinham estatutos diferentes e enquanto ele ficou noivo de Amélia de Orleães (filha do Conde de Paris) com quem viria a casar a 22 de maio de 1886, ela casou-se com um antigo pretendente e assim cada um seguiu o seu caminho. Esta obra é um retrato de um amor de juventude, não só de um herdeiro do trono, como também de uma época passada.
“1821. O regresso do rei”
Planeta, 17,50 euros
Armando Seixas Ferreira é conhecido do público como grande repórter da RTP, mas desta vez conta-nos uma história em livro, a do regresso do rei D. João VI e da família real do Brasil para Portugal em 1821. A partida da corte em 1807 é muito conhecida, contudo a viagem de regresso a Lisboa nem tanto. Depois de quase 14 anos a viver no Brasil, o rei deixou lá o filho, D. Pedro, e partiu a 26 de abril de 1821 numa armada de 12 navios, com três a quatro mil pessoas a bordo, para uma viagem de travessia do Atlântico que durou 68 dias. O autor investigou documentos e os diários de bordo do arquivo histórico da marinha, redigidos a bordo de dois dos 12 navios, são o fio condutor desta história que descreve a vida a bordo num navio de guerra do século XIX, os momentos mais marcantes do reinado do rei e da vida no Brasil e as consequências políticas desta expedição, sendo uma delas a independência do Brasil em 1822.