Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, anunciou, após “uma ponderada análise” do documento, que o partido vai abster-se na votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2022, mantendo “tudo em aberto” em relação à votação na especialidade.

A porta-voz do PAN revelou que foi escolhido “o caminho do diálogo e do compromisso” em detrimento “da rutura”, apontando que OE2022 não pode ser “mais do mesmo”, mas sim uma “disrupção do paradigma” e alertando “é fundamental [haver] investimento em questões estruturais para o país”.

“O esforço de diálogo e de negociação, bem como a responsabilidade que é acrescida de construção de pontes e consensos, sem com isso perder qualquer exigência, é sem dúvida ainda maior para toda e qualquer qualquer força política e foi isso que o PAN tentou fazer”, justificou a líder do PAN, ao referir que “o país tem estado estagnado entre medidas de austeridade e cativações”.

Na conferência de imprensa em que admitiu o sentido de voto, Inês Sousa Real explicou que o PAN apresentou um programa de proteção de florestas, o reforço dos vigilantes da natureza, a realização de um “atlas de risco climático”, mas também melhorias na agricultura biológica e no combate à pobreza, sem esquecer os animais.

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“Contas certas não podem justificar falta de investimento na valorização salarial, no compromisso com os direitos humanos, mas também na transição energética e no combate à crise climática”, bem como a proteção animal que tem sido um dos “parentes pobres do OE”, frisou Sousa Real,

Contudo, o PAN congratulou-se por ter inscrito no OE2022 medida “importantes” como: “A aprovação da tarifa social de energia, a criação de uma taxa de carbono sobre as viagens aéreas e marítimas, de que resultou uma receita de 20 milhões de euros canalizados para financiar o Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos e a criação da Provedoria do Animal e a inscrição de 10M€ para o bem-estar e proteção animal e apoio a famílias vulneráveis que detenham animais de companhia.”

Apesar das linhas estabelecidas pelo PAN e dos objetivos até agora apresentados (e aparentemente conseguidos), a porta-voz do partido referiu que ainda não está fechado o diálogo com o Governo.

PAN vai abster-se na votação na generalidade. Deputadas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira também