A Casa Fernando Pessoa, dedicada à vida e obra do poeta, em Lisboa, foi esta sexta-feira distinguida com o Prémio Museu do Ano 2021, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), anunciou a organização, em Lisboa.
O galardão foi anunciado durante uma cerimónia realizada no Museu de Marinha, em Lisboa, onde foi apresentado um palmarés com 32 prémios relativos ao ano anterior, atribuídos a museus, projetos, boas práticas, profissionais e diversas atividades desenvolvidas no setor, em todo o país.
A Casa Fernando Pessoa, no Bairro de Campo de Ourique, é a casa que foi habitada pelo escritor nos seus últimos 15 anos de vida, e tem uma exposição dividida em três pisos, sobre a vida e obra do poeta e uma biblioteca especializada em poesia mundial.
Lugar de literatura que cruza memória, criação literária e leitura, a Casa Fernando Pessoa conserva, preserva e divulga o legado do escritor, filósofo, ensaísta, tradutor e publicitário – figura maior da poesia portuguesa -, cujo espólio documental foi classificado Tesouro Nacional.
Acolhendo duas bibliotecas — uma biblioteca pública, especializada em Fernando Pessoa e poesia mundial, e a Biblioteca Particular de Fernando Pessoa — a Casa reúne e exibe também objetos, mobiliário e documentos do escritor, bem como uma coleção de obras de arte, composta por trabalhos de artistas de diferentes gerações e correntes.
Os livros que pertenceram a Fernando Pessoa são o maior acervo que este espaço guarda e divulga, segundo a informação constante no site do espaço cultural que dá a conhecer ao público o universo criativo do escritor, colaborando regularmente com investigadores.
A edição deste ano dos prémios da APOM distinguiu os historiadores, conservadores e museólogos Anísio Franco, Emanuel Sancho, Francisco Clode e Isabel Victor, nos Prémios Museólogo do Ano, e os especialistas Alberto Correia, Ana Duarte, Conceição Borges de Sousa, Isabel Raposo Magalhães e Maria João Vasconcelos, nas personalidades na área da museologia.
O Prémio Museu do Ano é uma das principais distinções atribuídas pela APOM, num total, este ano, de 32 categorias a concurso, que distinguem, entre outras áreas, a melhor intervenção e restauro, o melhor catálogo, a melhor exposição, mecenato e projeto museográfico.
A APOM, entidade fundada em 1965, recebe anualmente centenas de candidaturas aos prémios, provenientes de instituições de Portugal Continental e das Regiões Autónomas, bem como de projetos expositivos portugueses no estrangeiro.
Em 2020, foi vencedor o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, o único do país exclusivamente dedicado à fotografia, e, em 2019, o Museu da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo.
Em 2018, o Prémio de Museu do Ano foi para o Museu Metalúrgica Duarte Ferreira, no Tramagal, Abrantes, e, em 2017, o vencedor foi o Museu do Dinheiro, em Lisboa.