O absentismo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) subiu exponencialmente desde a pandemia da Covid-19 — em 2020, o número de dias de ausência do trabalho dos profissionais de saúde disparou e ao longo deste ano continuou a aumentar.

O aumento é noticiado pelo Público. De acordo com este jornal, em setembro de 2021,  o número de dias de ausência (sem trabalhar) dos profissionais do SNS foi 22% superior a setembro de 2019. Este ano, o número de dias ausentes de trabalho de profissionais do SNS chegou quase aos 389 mil em setembro.

Mais de metade das faltas ao trabalho (54%) em setembro foram por motivos de doença, 31,6% das ausências foram por motivos de parentalidade e 6,85% aconteceram por acidente em serviço ou doença profissional, noticia o Público. O diário nota ainda que as faltas por doença, que pode ser Covid-19 ou outras, aumentaram 33% entre janeiro e agosto deste ano, por comparação com janeiro e agosto de 2019. E se for apenas avaliado o grupo profissional de enfermeiros, a subida ao longo de 2021 foi 70% superior à subida ao longo de 2020.

Havendo apenas conjeturas e teses hipotéticas sobre o que poderá ter motivado esta explosão nos dias de absentismo de profissionais do SNS — e quais as principais doenças que afetaram os profissionais de saúde em 2020 e 2021 —, vários especialistas e bastonários (dos médicos e enfermeiros) sugerem que parte deste aumento dever-se-á à infeção por Covid-19 ou necessidade de isolamentos profiláticos de médicos e enfermeiros.

Outra parte deste aumento deverá decorrer de problemas de saúde mental, dos burnouts (esgotamentos) e do impacto nos profissionais de saúde da pressão exercida sobre eles durante a pandemia da Covid-19, até pela necessidade de acumulação diária de horas extraordinárias volumosas durante o período de resposta à pandemia.

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