Os australianos e residentes permanentes que estejam completamente vacinados contra covid-19 podem regressar ao país a partir de esta segunda-feira sem quarentena, embora tenham de aterrar nas cidades de Sydney e Melbourne.

A reabertura parcial das fronteiras, que o país fechou em março de 2020 e que proibiu os seus próprios cidadãos de deixar o território nacional, é referente às duas cidades mais populosas da Austrália, que representam cerca de 40% da população total, depois de atingirem a marca de 80% de vacinação total da população alvo.

Desde as primeiras horas, reinava no aeroporto da cidade de Sydney um sentimento de euforia, onde os passageiros internacionais chegavam em meio de gritos de excitação, lágrimas e flores, ao receberem os entes queridos.

“A Austrália está aberta. Os australianos estão de novo em viagem”, disse o primeiro-ministro, Scott Morrison, que esteve em Roma para a cimeira do G20.

A reabertura, que também permite a entrada livre de quarentena se os familiares dos habitantes locais forem vacinados, permite aos australianos e residentes abandonar o país pela primeira vez desde que a pandemia foi declarada.

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As fronteiras internacionais da Austrália ainda não estão abertas aos estrangeiros que chegam ao país como turistas ou estudantes internacionais, enquanto os nacionais que têm uma ou nenhuma dose devem ainda passar pelas quarentenas obrigatórias de chegada e solicitar autorizações de saída excecionais.

Cerca de 1.500 dos milhares de pessoas no estrangeiro que pretendem regressar deverão regressar à Austrália esta segunda-feira, em cerca de 20 voos para Sidney e Melbourne provenientes de países incluindo o Reino Unido e os EUA.

Apesar do reinício das chegadas internacionais às duas cidades, as capitais de estado de Nova Gales do Sul e Victoria, outras jurisdições australianas estão mais atrás no objetivo da vacinação e ainda mantêm restrições de viagem entre as próprias jurisdições do país.

A Austrália, que recentemente superou um ressurgimento da covid-19 ligada à variante delta, acumulou mais de 171.500 infeções e cerca de 1.750 mortes desde o início da pandemia.