Uma não história, um não caso, non sense saído de um filme dos Monty Python. É assim que a direção do PAN olha para as notícias dos últimos dias sobre as empresas da líder Inês Sousa Real. Confiança na líder? “Cada dia mais”.

À Rádio Observador, Albano Lemos Pires membro da direção do partido rejeita a ideia de que este caso possa prejudicar a imagem do partido e diz que se trata de uma manobra que surgiu à boleia do aproximar das eleições antecipadas, mas que em nada fere a confiança que a direção e o partido têm em Sousa Real.

Caso Inês Sousa Real. “Mantemos total confiança” na líder do PAN

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Sim, total [confiança]. Tanto hoje como na semana passada, como há duas semanas. É exatamente igual. Aliás, cada dia mais“, deixa claro o dirigente do PAN.

Albano Lemos Pires diz ainda que “é uma não história um não caso”, já que Sousa Real e o marido “têm um projeto agrícola exemplar, biológico, sustentável, essencialmente local que é exatamente aquilo que o PAN defende”. Frisa ainda o dirigente do partido que o PAN “não é contra os agricultores”.

Sobre os pedidos de demissão da líder do partido, Lemos Pires diz que são “completamente disparatados”. “Não fazem sentido. Para usar uma expressão que nos poderia ser cara: é-se preso por se ter cão e não ter.  Um dia somos urbano depressivos, no dia seguinte somos agricultores e portanto somos uns demónios? Francamente não há palavras para isto. É do mais baixo possível”, afirmou o dirigente do partido.

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Em relação ao impacto do caso no PAN, Lemos Pires afasta que possa causar qualquer dano na corrida eleitoral de janeiro. “Não acredito, mesmo. De todo”, respondeu Albano Lemos Pires, questionado sobre se o partido teme algum efeito do caso.

“Não faço assim tão má imagem das pessoas. Penso que as pessoas de uma maneira geral têm presente e que não iriam cair nesta, mesmo os poucos órgãos que quiseram falar nisto são órgãos que estão ao serviço de determinados partidos a quem o crescimento do PAN incomoda. Os seus leitores talvez acreditem, mas esses leitores de qualquer maneira já não gostam do PAN, da agricultura biológica, da defesa da natureza e preocupa-os movimentos ecologistas e, portanto, para eles já era mau e era portanto não era por aí”, acusou ainda o dirigente.