Perante o aumento do número de infeções e óbitos, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, apela a que ninguém vá trabalhar com sintomas, que podem ser confundidos com uma constipação ou uma gripe.
“Ninguém deve ir trabalhar com sintomas, porque o que poderia parecer noutro tempo uma constipação ou uma gripe agora pode não ser e é preciso esse cuidado”, disse em entrevista à RTP, esta quarta-feira.
Questionada sobre quais os limites que podem levar ao regresso do estado de emergência e de novas restrições, a ministra remeteu para os peritos, que serão ouvidos na sexta-feira.
“Há números definidos que são aqueles números das Linhas Vermelhas”, observa a ministra, acrescentando que é agora “preciso perceber se esses números ainda estão atuais”, o que será feito com os peritos.
À margem do 1.º Fórum Portugal Contra a Violência, realizado na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, a ministra não considerou necessárias medidas com o mesmo grau de restrição adotado anteriormente.
“Não prevemos medidas com um nível e com a gravidade que já foram tomadas no passado, porque a população está mais protegida, mas não deixaremos de tomar as medidas necessárias”, informou Mariana Vieira da Silva.
Vieira da Silva pede que os portugueses tomem as “medidas necessárias” à contenção, através da utilização da máscara, o distanciamento, os testes e auto testes, e tenham um “cuidado especial em eventos com mais gente“.
Mariana Vieira da Silva recusou comprometer-se com novas medidas. “Esse é o trabalho que agora teremos de fazer. Não podemos começar a tomar decisões antes de ouvir os especialistas”.
Está prevista esta sexta-feira, dia 19, uma reunião no Infarmed, pedida por António Costa, para discutir a evolução da pandemia em Portugal e a aplicação de eventuais novas medidas de mitigação da Covid-19.
A última reunião tinha sido realizada a 16 de setembro, numa altura em que Portugal regista um avanço positivo na taxa de vacinação e uma descida do número de casos diários do coronavírus.