O primeiro-ministro António Costa confessou que já tinha planeado realizar uma remodelação ao Governo assim que o Orçamento do Estado fosse aprovado, mas decidiu não avançar quando a proposta orçamental foi chumbada porque “não fazia sentido agora, a dois meses das eleições”. Mas se for reeleito, promete criar um Governo “mais curto”, uma equipa “renovada” e “mais ágil”.

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À margem do Congresso de Autarcas Socialistas, que decorre este sábado em Lisboa, comentando a saída de Eduardo Cabrita e a passagem da pasta da Administração Interna para as mãos da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, o primeiro-ministro assumiu que já desejava implementar “um novo modelo de Governo, mais adequado aos tempos desafiantes que temos”.

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A ideia foi travada quando o Orçamento do Estado foi chumbado, precipitando o país para uma crise política que culminará nas eleições de 30 de janeiro de 2022. Mas António Costa quer adotá-la à mesma se for reeleito: o primeiro-ministro pretende dirigir um Governo “mais compacto”, cujos membros tenham “competências mais transversais”, admitiu pela primeira vez o próprio líder governamental.

Num novo comentário à demissão do ministro da Administração Interna, o primeiro-ministro explicou que Eduardo Cabrita quis abandonar o Governo porque se tinha alcançado uma “fase do processo judicial em que havia um indício claro de má atuação” no caso do atropelamento mortal de um trabalhador na A6. A passagem dos cargos de Cabrita para Van Dunem é “uma solução sólida”, mas “de transição”, porque “é uma mulher que tem já uma larga experiência na área da administração interna”.

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