Lewis Hamilton e Max Verstappen, ambos com (369,5 pontos) vão decidir no próximo domingo, em Abu Dhabi, quem será o próximo campeão do mundo de Fórmula 1, no culminar de um mundial que está a ser tão espetacular e competitivo, como polémico. Basta recordar o que aconteceu na última corrida, disputada da Arábia Saudita, com toques entre os dois pilotos, curvas feitas por fora e Max a sofrer inclusivamente uma penalização de tempo.

Na última corrida houve polémica, mas também no Brasil, em Monza ou Silverstone (neste caso com penalização para Hamilton), só para exemplificar. Os fãs querem ver, as equipas querem ganhar, os pilotos, quiçá tão ansiosos como motivados, estão desejosos de ir a pista, mas os responsáveis pela competição querem, claro, manter tudo calmo, dentro das normas e em segurança.

E, assim, Michael Masi, australiano de 42 anos, diretor de corrida e segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) tornou-se subitamente uma figura a estar sob os holofotes. Com toques quer da Red Bull, quer da Mercedes, o homem responsável por dar as indicações pré-corrida, achou por bem relembrar algumas regras que não costumam ser indicadas na documentação.

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Explica a Marca que é desde logo citado o artigo 12.2.1, que refere a hipótese de “uma conduta antidesportiva ou uma intenção de influenciar um resultado de forma não ética é uma infração do regulamento“, o que pode ser considerado complementado pelo ponto 12.4.5, o mesmo que refere o facto de “os comissários têm o poder de tirar pontos a um piloto”, caso haja uma falha grave dentro do que são as regras.

Dentro desta temática e do aproximar de um impactante Mundial de F1, Michael Masi foi entrevistado pelo Daily Mail, ao qual assegurou que não pode controlar as ações de Max Verstappen e Lewis Hamilton. “Mas, dentro dos regulamentos temos penalizações, sejam de tempo ou na grelha. Adicionalmente, o Código Desportivo Internacional tem indicações para um comissário desqualificar um competidor ou retirar-lhe pontos”, destacou. E assim, respondendo à pergunta específica que lhe tinha sido colocada (sobre Verstappen): “Sim, Max pode perder pontos, tal como pode qualquer piloto e equipa. Esperemos que não seja necessário, mas é uma ferramenta ao dispor. Relembrarei todas as equipas e pilotos”. E cumpriu, porque esta quinta-feira, pela manhã, todos tinham as já referidas indicações no briefing.

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Como não poderia deixar de ser numa luta tão equilibrada e polémica, as queixas surgem de ambos os lados – Mercedes e Red Bull -, muitas vezes aludindo a possíveis incongruências nos julgamentos e nas decisões. Sobre isso, Masi é claro: “Mesmo que não queiram admitir, no fundo todos sabem o que é legal e justo. Duro, mas justo. E o que não é. Todos os incidentes têm de ser tratados separadamente. Podem parecer idênticos e não o ser necessariamente”.

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