A uma semana do Natal, o primeiro-ministro dá já como certo o prolongamento das restrições em vigor além da semana de contenção de 9 de janeiro. O que António Costa não quer prolongar é o encerramento das escolas em janeiro, mas deixa um aviso às famílias: a semana de 1 a 9 de janeiro tem mesmo de ser de contenção e não de ajuntamentos em centros comerciais para as trocas dos presentes natalícios.
Esta semana, a ministra da Saúde vai voltar a reunir com os especialistas para avaliar eventuais alterações de planos devido à nova variante. Para já, “não há previsão de alteração imediata das medidas, mas quanto à pergunta se a 9 de janeiro vamos prorrogar [as medidas em vigor], vamos seguramente prorrogar porque a 9 de janeiro não vamos estar em condições de poder tirar essas medidas”, disse, à margem do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Que medidas ao certo vão manter-se? Costa não precisou. Mas há uma que já parece fechada: o controlo das fronteiras tal como está, com a exigência de um teste negativo à chegada, vai manter-se depois da semana de contenção. “Não vamos poder desarmar, vamos ter de manter ou mesmo reforçar se vier a ser necessário”, indica.
Especificamente sobre um eventual prolongamento do encerramento das escolas em janeiro, o primeiro-ministro diz que não é desejável e que não quer pôr em causa o “processo educativo das crianças”. Mas deixa um aviso às famílias: Para que um prolongamento não aconteça, diz, é essencial que essa semana de contenção “seja mesmo um momento de contenção”, e apela a que as famílias não a passem a fazer trocas nos centros comerciais.
“Se naquela semana em vez de irem para a escola vão todas fazer trocas nos centros comerciais isso vai ter um efeito altamente negativo”, referiu. “Apelo a que haja esforço de contenção coletiva.”
Quarta dose a caminho?
António Costa admitiu ainda que possa vir a ser necessário administrar uma quarta dose da vacina contra a Covid-19, “como é de prever que venha a acontecer”, mas para a população mais fragilizada. O chefe do Governo adiantou que está a ser preparado um processo de compra conjunta de vacinas adaptadas à variante Ómicron, que só chegam depois da primavera.
“A indicação do ECDC e da Agência Europeia do Medicamento é que esse reforço será para a população mais vulnerável, não teremos necessidade de fazer vacinação generalizada da população”, afirmou.