“Os Países Baixos vão entrar em lockdown outra vez”. Foi assim que o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, confirmou que os Países Baixos vão entrar em confinamento obrigatório na madrugada deste domingo, que deverá durar até 14 de janeiro.

Rutte disse fazer o anúncio com “um estado de espírito sombrio”, mas confirmou que o Natal será passado com restrições fortes no país, em conferência de imprensa realizada este sábado. A decisão foi tomada pelo governo devido ao alastrar da variante Ómicron no país, que está a tornar-se dominante de forma “ainda mais rápida” do que o previsto. “Temos de intervir agora para prevenir que piore”, afirmou o primeiro-ministro.

Segundo o jornal holandês De Telegraaf, as escolas e ginásios estarão encerrados até pelo menos ao dia 9 de janeiro. Os restaurantes e bares, bem como outros negócios considerados não essenciais, também estarão fechados, mas continuará a ser permitida a venda para fora. Continuarão a funcionar os supermercados, farmácias, bancos e bombas de gasolina.

O desporto será uma das áreas menos afetadas por este confinamento. A liga de futebol, por exemplo, continuará a decorrer, mas sem público nos estádios. E o primeiro-ministro sublinhou que os cidadãos podem continuar a caminhar ou andar de bicicleta ao ar livre, “porque o desporto é bom e saudável”.

As autoridades holandesas aconselham ainda que os cidadãos limitem as visitas em casa a apenas duas pessoas com mais de 13 anos por dia, permitindo subir o número para quatro no Natal e Ano Novo. “O Natal é uma celebração de esperança, de luz na escuridão”, acrescentou Rutte. “Já provámos que conseguimos lidar com muita coisa juntos. Também vamos ultrapassar este período juntos.”

A decisão foi tomada na sequência do aumento do número de casos de Covid-19, ligados à variante Ómicron. De acordo com as autoridades de saúde do país, o número de casos está a duplicar “a cada dois ou três dias”.

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