Um ensaio clínico da Pfizer/BioNTech mostrou que a vacina contra a Covid-19, com uma dose de três microgramas, produz uma resposta de anticorpos robusta em bebés dos seis aos 24 meses. No entanto, o mesmo inoculante não se revelou eficaz em crianças dos dois aos cinco anos.

Num comunicado divulgado no site da Pfizer esta sexta-feira, a empresa farmacêutica indicou que os estudos demonstraram um “perfil de segurança favorável” em todas as faixas etárias em estudo, não havendo quaisquer “problemas de segurança”.

A Pfizer referiu que duas doses da vacina de três microgramas não concedem um nível de anticorpos robusto em crianças dos dois aos cinco anos, originando que a empresa farmacêutica averigue agora se três tomas são suficientes para conceder anticorpos nestas idades.

Caso este ensaio clínico seja bem-sucedido, a empresa espera, na primeira metade de 2022, submeter informações aos reguladores para conseguir a aprovação do uso de emergência da vacina para crianças dos seis meses aos cinco anos, comprometendo-se, neste processo, a “selecionar cuidadosamente a dose certa para maximizar o perfil de risco-benefício”.

A Pfizer divulgou ainda que está a fazer ensaios clínicos para averiguar o perfil de segurança de uma eventual terceira dose de 10 microgramas para adolescentes dos 12 aos 17 anos, cuja vacinação, em Portugal, começa este fim de semana.

O ensaio clínico da Pfizer “envolveu 4.500 crianças” desde os seis meses até aos 12 anos de países como os Estados Unidos, Finlândia, Polónia e Espanha e tinha como objetivo “assegurar a segurança, a tolerância e a imunogenicidade” da vacina contra a Covid-19 em duas doses com um intervalo de 21 dias.

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