A empresa sueca DSruptive criou um microchip, que, quando colocado sob a pele, substitui o certificado digital da Covid-19. Implementando no braço ou na mão, o aparelho, que custa 100 euros, permite utilizar o documento sem necessidade de um telemóvel. No país nórdico, milhares de pessoas já o colocaram, garante o diretor da empresa, Hannes Sjoblad, dizendo mesmo que se pode tornar uma “tendência” neste inverno.
“Tenho o meu chip no braço”, indicou Hannes Sjoblad, em entrevista à Agence France-Press, justificando que quer “ter o certificado digital sempre acessível”. Quando se aproxima do implante um dispositivo eletrónico que permita ler este tipo de documentos, é possível abrir o certificado num ficheiro PDF.
Para o diretor da empresa, o certificado está “sempre acessível” para ir a um centro comercial ou a um cinema. “Mesmo que não tenha telemóvel, posso mostrar o certificado”, apontou. Também Amanda Back, diretora de uma empresa de tecnologia localizada em Estocolmo, disse que agora o microship “faz parte da sua integridade” e que assim mantém os “dados pessoais” sempre controlados.
Sobre as preocupações de segurança e privacidade, Hannes Sjoblad referiu que o microchip não tem bateria, nem consegue transmitir um sinal por si próprio. “Eles são, basicamente, passivos”, assegurou. “Os microchips nunca podem revelar a localização, apenas ficam ativos quando ficam próximos de um leitor” de certificados.
Hannes Sjoblad reforçou ainda que se interessa pela privacidade e que a utilização do microchip é “voluntária”, frisando que as pessoas o utilizam por serem “curiosas” e porque “querem experimentar esta tecnologia”.
Esta não é a primeira vez que uma empresa sueca desenvolve este tipo de funcionalidade. Em 2018, uma empresa pública sueca tentou substituir os bilhetes de comboio também por um microchip.