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Cavani foi um penso rápido, Ronaldo não serviu de antibiótico e a ferida continua aberta: United volta a tropeçar na Premier League

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Red devils tiveram uma primeira parte para esquecer, ainda empataram pelo uruguaio mas Newcastle foi quase sempre melhor e só não somou a segunda vitória na Premier pelo poste e por De Gea (1-1).

Ronaldo não marcou, não teve nenhuma oportunidade e viu ainda o quarto amarelo da época na Premier League
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Ronaldo não marcou, não teve nenhuma oportunidade e viu ainda o quarto amarelo da época na Premier League

Ian MacNicol

Ronaldo não marcou, não teve nenhuma oportunidade e viu ainda o quarto amarelo da época na Premier League

Ian MacNicol

Ralf Rangnick teve pouco mais de um treino no comando do Manchester United antes de orientar o primeiro jogo com o Crystal Palace (1-0), aproveitou o facto de já estar apurado em primeiro lugar na Champions para promover uma autêntica revolução na equipa frente aos suíços do Young Boys com seis jogadores teenagers que proporcionaram um recorde no clube a nível de Liga milionária (1-1), voltou a apostar nos elementos que são habitualmente titulares no triunfo pela margem mínima frente ao lanterna vermelha Norwich (1-0). A seguir, porta fechada devido a um surto que afetou um número indeterminado de jogadores e responsáveis da equipa, dois jogos adiados por esse facto e o regresso à competição após o Natal 16 dias depois. 

Não é Ronaldo que olha para cima por eles, são eles que olham para cima por Ronaldo: avançado dá vitória ao United entre o show de De Gea

Tivemos de fechar Carrington [centro de treinos do Manchester United] durante quatro dias, de sexta a segunda-feira. Na última sessão de treinos antes dessa paragem tivemos oito jogadores de campo mais três guarda-redes. Depois quando voltámos, começámos por ter 14 ou 15 na terça, 18 ou 20 na quarta, 25 já na quinta-feira. À exceção do Paul Pogba tivemos todos os jogadores disponíveis, o que é um avanço fantástico tendo em conta que tivemos mais 17 jogadores uma semana depois. Todos pareceram em boa forma e de boa saúde. Se tudo se mantiver assim e sem mais casos estou otimista, vai ser complicado escolher não só o onze mas também os jogadores que ficarão no banco”, explicara o técnico alemão Raf Rangnick aos órgãos oficiais do clube na antecâmara do jogo com o Newcastle, falando sobre as dificuldades que enfrentou.

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“Sendo completamente honesto, quando tive o primeiro jogo com o Crystal Palace e a sessão de treino antes, se alguém nos dissesse que podia acontecer algo assim, ninguém iria acreditar. Tivemos esta situação na Alemanha há três ou quatro semanas e por isso eles estão à nossa frente nesta quarta ou quinta vaga desta pandemia. Alguns jogadores também testaram positivo no meu antigo clube, o RB Leipzig. Claro que para mim não foi uma grande, grande surpresa, apesar de querer que nunca tivesse acontecido, mas agora aquilo que temos de fazer é lidar da melhor forma com isso, garantirmos que estamos protegidos no futuro e esperar que não tenhamos casos positivos nos próximos seis meses. Sei que não há garantias absolutas sobre isso mas temos de assegurar que fazemos tudo o que está ao nosso alcance para que não volte a acontecer”, acrescentou o treinador germânico sobre um problema que tem assolado várias equipas da Premier League.

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Para se ter noção da dimensão do caso, a Liga inglesa contabilizou um total de 103 casos positivos só entre os dias 20 e 26 de dezembro, um recorde numa semana (a anterior tinham sido 90, menos 13) que foi conhecido na agora habitual atualização feita pela organização sem nomear nomes ou clubes afetados – embora essa informação seja revelada por todas as equipas, em paralelo com a situação vacinal, com as lesões e com o que se passa na equipa Sub-21, para que seja mais célere analisar a possibilidade ou necessidade de adiar alguns encontros, como aconteceu em vários campos nestas jornadas de 26 e 28 de dezembro. Os tempos não estão fáceis em Inglaterra mas era neste contexto que o Manchester United voltava à ação com a perspetiva de somar a quarta vitória seguida no Campeonato, o que seria um registo máximo esta época.

Cristiano Ronaldo, com mais golos do que jogos na fase de grupos da Liga dos Campeões (seis em cinco), tentava também ele igualar a melhor série a marcar na Premier League, chegando a este encontro com três golos nos últimos três jogos e tentando festejar em jornadas consecutivas como aconteceu no arranque da nova aventura em Old Trafford (Newcastle e West Ham) e não mais se repetiu. E o dia até tinha começado da melhor forma, com o avançado a receber à distância o prémio de Melhor Marcador de Todos os Tempos nos Globe Soccer Awards, no Dubai, onde é presença recorrente mas onde não conseguiu ir por questões de calendário em 2021. No entanto, e no seguimento de uma das exibições mais apagadas desde que voltou a Inglaterra, o avançado ficou em branco e não disfarçou mais um jogo para esquecer do United.

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A primeira parte dificilmente poderia ter sido pior para o Manchester United, que chegou ao intervalo sem uma única oportunidade de golo e com um jogo demasiado previsível para a bem organizada defesa da casa. Depois, os erros do costume do meio-campo para trás: na sequência de uma bola que parecia controlada por Varane, o meio-campo do Newcastle recuperou a posse, conseguiu colocar a jogada na esquerda em Allan Saint-Maximin e o francês a fazer a diagonal para dentro com um remate sem hipóteses ao ângulo para o 1-0 (7′). O risco nas saídas rápidas e nos tiros de meia distância foram uma aposta ganha pelos comandados de Eddie Howe, que ameaçaram o segundo por Joelinton e Shelvey nos 20 minutos iniciais.

[Clique nas imagens para ver os golos do Newcastle-Manchester United em vídeo]

Rangnick tinha de fazer alguma coisa e lançou logo ao intervalo Jadon Sancho e Cavani, abrindo o ataque com um 4x4x2 que colocava Ronaldo mais solto no meio, Rashford na esquerda e Bruno Fernandes mais próximo de McTominay em vez de Fred (o outro a sair foi Mason Greenwood). Ainda assim, a primeira chance flagrante pertenceu de novo aos magpies, com Saint-Maximin a não conseguir desviar da melhor forma na pequena área o cruzamento tenso de Krafth (48′) e a permitir a defesa de David de Gea. Do outro lado, Dubravka defendeu um remate de Rashford (50′) e viu Ronaldo atirar ao lado pouco depois (52′).

Os red devils começavam a dar sinais de impaciência a começar por Ronaldo, que teve uma entrada dura que lhe valeu o quarto amarelo da época na Premier League (na época passada viu três em toda a Serie A) e que deixou os homens da casa a pedirem mais. E, ao mesmo tempo, sempre que a bola chegava ao último terço e a Saint-Maximin, havia perigo junto da baliza de De Gea. Era preciso um só rasgo e foi isso que acabou por fazer a diferença: grande passe de Bruno Fernandes a abrir jogo na direita, cruzamento de Diogo Dalot e, à segunda tentativa, Cavani fez mesmo o empate (71′). Ficava tudo em aberto com o Newcastle a quebrar um pouco também no plano físico mas a ter gás para, a três minutos do final, ver Jacob Murphy acertar no poste antes de uma grande defesa de David de Gea à recarga de Almirón. O melhor não ganhou. E o melhor foi o Newcastle, que apesar de ter apenas uma vitória em meio campeonato joga bem mais do que isso.

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