A JS considera que as principais propostas que integram o seu manifesto jovem estão contidas no programa eleitoral do PS, destacando o plano de emergência contra o desemprego e a semana de trabalho de quatro dias.

Em comunicado, os jovens socialistas referem que em 17 de dezembro passado apresentaram publicamente um documento intitulado “As nossas ideias”, cujos principais “desígnios” fazem agora parte do programa eleitoral do PS.

As linhas gerais do programa eleitoral do PS foram apresentadas na segunda-feira, no Parque Mayer, em Lisboa, pelo secretário-geral deste partido, António Costa, e pelos dirigentes socialistas Porfírio Silva e Mariana Vieira da Silva.

Das várias medidas adotadas pelo PS e propostas pelos jovens socialistas, destacam-se a “criação do Programa Ponte“, que visa dar “resposta à emergência do desemprego jovem, em particular no início da vida ativa”, assim como o lançamento “de um instrumento de emergência demográfica para apoiar os territórios que tiveram grandes ganhos ou perdas bruscas de população”.

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Em relação ao programa eleitoral do PS, os jovens socialistas assinalam a intenção de um futuro Governo socialista negociar em sede de concertação social “o reforço da conciliação laboral e familiar, nomeadamente o estudo da semana de trabalho de quatro dias”, e a promessa de ampliar o acesso a serviços e equipamentos de apoio à família, como a “gratuitidade da frequência de creche”.

No domínio da vida económica, a JS congratula-se com a inclusão de medidas como a apoio fiscal à participação dos trabalhadores no capital das empresas, nomeadamente nas start-ups, a “redução progressiva do IRS para todos os que beneficiem de aumentos de rendimento” e, igualmente, o “alargamento do IRS jovem e reforço das deduções fiscais de apoio à família”.

Do programa eleitoral do PS, nos campos da descentralização e educação, a JS destaca as propostas de referendo à regionalização em 2024, a constituição de um programa nacional para a conclusão dos percursos formativos (em particular dos jovens) e a promoção da criação de associações de estudantes em todas as escolas e agrupamentos.

Em matéria de habitação, os jovens socialistas indicam que foi acolhida a sua proposta de “duplicação do número de jovens com apoio para pagar a sua renda, através do reforço do Programa Porta 65“.

Neste comunicado, o secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, que se candidata a deputado em sétimo lugar pelo círculo de Lisboa, salienta que a sua organização de juventude ambiciona “um país ecologista, progressista e de esquerda”.

No plano ideológico, Miguel Costa Matos coloca como prioridades em Portugal a aposta no potencial humano e a “luta” pela plena emancipação dos jovens, visando caminhar, progressivamente, para uma sociedade de bem-estar”.