A cantora Sinead O’Connor criticou as autoridades irlandesas após a morte do filho de 17 anos, comunicada pela própria no sábado através da rede social Twitter. O jovem, que segundo a cantora deixou o hospital onde se encontrava em vigilância, correndo risco de suicídio, estava desaparecido há dois dias.

A Garda Síochána, força policial da República da Irlanda, chegou a lançar um apelo para encontrar Shane, que foi visto pela última vez na sexta-feira de manhã em Tallaght, em Dublin. Também no Twitter, Sinead O’Connor revelou que o jovem se enforcou.

Nos vários tweets entretanto publicados, a artista de 55 anos condenou a atuação das autoridades, incluindo o serviço nacional de saúde irlandês (HSE) e também a agência estatal Tusla — que abrange serviços de proteção à criança, intervenção precoce e apoio à família — por se recusarem a aceitar responsabilidade.

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A cantora escreveu que, 26 horas após a morte do filho que estava “ao cuidado do Estado irlandês” através da Tulsa, ainda não tinha recebido “qualquer contacto” da agência ou dos seus representantes. “Nenhum contacto da Tusla é inaceitável.” Mais tarde acrescentaria ter identificado os restos mortais do filho. “Que Deus perdoe o Estado irlandês, porque eu nunca o perdoarei.”

Sinead O’Connor fez ainda referência ao facto de a Tulsa querer discutir com ela a divulgação de um comunicado de imprensa, “sem dúvida querendo que me junte aos seus esforços para fazer com que a morte do meu filho pareça que não foi às mãos do Estado irlandês”.

Ao The Guardian, um porta-voz do HSE assegurou que o serviço de saúde do país “não pode comentar casos individuais”, estando em causa o seu “dever de confidencialidade”.

Shane era um dos quatro filhos da cantora, juntamente com Jake Reynolds, Roisin Waters e Yeshua Francis Neil Bonadio.