A empresa PharmaMar valorizou esta terça-feira 21,6%, após ter conseguido comprovar a eficácia do medicamento Aplidín, contra a Covid-19. A farmacêutica espanhola lidera a tabela das valorizações do Ibex 35, principal índice de referencia da bolsa espanhola, depois da publicação de um artigo na revista Life Science Alliance, sobre a eficácia do medicamento “contra as principais variantes do SARS-CoV-2, incluindo a atual Ómicron”.
As ações da empresa chegaram aos 66 euros, um valor máximo diário, escreve o jornal El Español. O artigo inclui um estudo sobre atividade ‘”in vitro” da plitidepsina, o composto químico fundamental do Aplidín.
Os dados finais publicados na revista científica indicam que a “plitidepsina demonstrou ter uma potente atividade antiviral em todas as variantes com concentrações baixíssimas, com um índice terapêutico in vitro positivo”.
Os estudos foram liderados pelo médico Adolfo García-Sastre, catedrático do Departamento de Microbiologia da Escola de Medicina do Monte Sinai, em Nova Iorque.
Com esta publicação, a farmacêutica espanhola comprova os resultados do estudo, que a própria empresa já tinha divulgado no passado mês de maio. Do mesmo modo, “os estudos de laboratório ‘in vivo’ também demonstram uma distribuição preferencial de plitidepsina no tecido pulmonar, que é o órgão fundamentalmente afetado nos pacientes com Covid-19”.
Nestes estudos observou-se uma redução da replicação viral, que resultou numa diminuição de 99% das cargas virais nos pulmões. O artigo refere ainda que os testes com Aplidín dão garantias de segurança e mostram eficácia clínica. É ainda indicado que dos 45 pacientes foram inscritos neste estudo, fase I e II, 86% tinham a doença com gravidade severa ou moderada, sendo que 71% tinham pneumonia bilateral.
Os dados agora publicados mostram que nos 23 pacientes com doença moderada, 74% puderam ter alta hospitalar na primeira semana de tratamento.
O presidente da PharmaMar, José María Fernández, diz que o fármaco “provou ter uma potência nunca vista face ao SARS-CoV-2″.
