Não foram muitas as intervenções de Rui Costa desde que foi eleito presidente do Benfica. Entrevistas, não deu nenhuma. E até as intervenções públicas ou foram fugazes, maioritariamente ao canal do clube, ou sem direito a questões, como aconteceu no anúncio da rescisão de Jorge Jesus. Por isso, quando está a cumprir três meses como líder dos encarnados, o anúncio feito na segunda-feira de que estaria presente na BTV esta quarta-feira à noite (em canal aberto, acrescente-se) motivou especial interesse no universo benfiquista, com alguma imprensa desportiva a fazer mesmo um apanhado de todas as questões que gostaria de ver respondidas numa fase ainda conturbada da vida do clube que começou com a detenção de Luís Filipe Vieira no âmbito da operação Cartão Vermelho, em julho, mês em que viria a demitir-se de todos os cargos.
O Jogo falava em 16. No futebol, as questões prendiam-se muito com o passado, nomeadamente com a saída de Jorge Jesus depois da ameaça de boicote do plantel na sequência do afastamento de Pizzi e da novela Flamengo que antecedeu as duas derrotas no Dragão, e com o presente, como os planos atuais a nível técnico tendo Nelson Veríssimo no comando da equipa (a prazo ou para ficar?). Fora das quatro linhas, e sem esquecer as modalidades, um pouco de tudo: o peso que Vieira tem ainda ou não no clube, a manutenção de Domingo Soares Oliveira na SAD, a possibilidade de José António dos Santos vender 25% da SAD a John Textor, a relação com o FC Porto após o abraço a Pinto da Costa, os resultados da auditoria interna ou até a possibilidade de expulsar o antigo presidente pelo teor das escutas que têm sido reveladas.
No Record, dez personalidades ligadas ao clube acrescentavam outras dúvidas ou acentuavam as questões. Exemplos? Bagão Félix gostaria de ver esclarecida a política para as modalidades perante o pouco sucesso desportivo, Pedro Adão e Silva gostaria de saber a perceção que Rui Costa teve quando a OPA foi apresentada em 2020, Pedro Brinca gostaria de conhecer a posição do clube a nível da centralização dos direitos televisivos, António Figueiredo gostaria de perceber o porquê de continuar tudo na mesma depois de ter falado da exigência e da entrega. Mais perguntas que poderiam ou não ser feitas mas que, em qualquer cenário, mostravam uma outra realidade: era uma entrevista num momento importante para os benfiquistas e com um contexto menos sereno e unitário do que o agora líder pensava conseguir reunir.
A operação Cartão Vermelho, a parcialidade da imprensa e a defesa de Soares Oliveira
“Começamos logo por esse Cartão Vermelho… Antes de mais, devo dizer que tudo isto me parece uma feira mediática, desde logo por estas escutas e que na maioria nem têm a ver com o processo. Por isso, e em relação a isso, posso dizer enquanto presidente e acho que posso falar por todos os benfiquistas que queremos que seja tudo mais célere possível e que se resolva o mais rapidamente possível tudo o que tenha a ver com este Cartão Vermelho, que sejam apuradas todas as consequências para que nós próprios possamos a partir daí olhar mais para a frente e não estarmos todos os dias a olhar para trás. Não me parece correto que tantas escutas estejam cá fora, não sei quem beneficia com isso a não ser para encher páginas de jornais e espaços na televisão. Sei que o Benfica está a ser tremendamente prejudicado com estas notícias e, acima de tudo, não está a deixar olhar para o futuro por um processo que devia estar em segredo de Justiça”, começou por dizer logo na primeira resposta da entrevista à BTV.
“Eu, envolvido? Vamos por partes. Em primeiro lugar, ninguém está acusado de nada. Em relação à minha pessoa, eu estive, estou e estarei sempre de consciência tranquila com todo este processo. Nunca ninguém viu o meu nome envolvido com nada da Justiça. Depois, custa-me ter de recordar coisas, porque o Benfica não me deve nada e todas as minhas decisões foram feitas por mim, como o meu passado. O meu passado é sobejamente conhecido. E não é um passado recente, é desde os nove anos”, prosseguiu o líder das águias, antes de voltar a rebobinar o filme enquanto jogador, diretor, administrador e agora presidente.
Se calhar muitas pessoas ou não se lembram ou não eram nascidos em 1993. E na altura ainda morava numa cave da Damaia, chegava ao estádio da Luz no 34 e começava a ser já titular. Depois de 12 anos em Itália, depois de se saber o clube para onde foi e para onde podia ter sido, é sabido o contrato quando voltei, é sabido do que abdiquei. Desde que estou aqui fomos seis anos campeões e nunca recebi um euro. E andava metido em esquemas? Essa é a pior ofensa que me podem fazer. Toda a gente me pode julgar por ser presidente, não me parece correto que me julguem nesse sentido. Sempre mostrei todo o meu benfiquismo, era incapaz de de lesar o clube”, continuou, recordando o célebre Verão Quente e o período em que recusou mudar-se para o rival Sporting como aconteceu com Paulo Sousa e Pacheco.
“As assinaturas no contrato, por exemplo. Sim, também assino, como qualquer administrador, mas isso não implica que tivesse conhecimento do quer que fosse. Não faria sentido abdicar destes dividendos todos lícitos para depois estar a ajudar outros a lesar o clube. Teria de ser burro de prescindir do que é meu por direito e depois lesar o Benfica. Se não tivesse a consciência tranquila, que sentido faria ter-me exposto desta maneira como presidente? Estou disponível para colaborar com as autoridades, enquanto cidadão mas também como presidente. Se há coisa que não consigo pensar é que alguém pense que pude prejudicar o Benfica. Isto vem à baila nos momentos menos bons do Benfica… Tinha assinaturas como qualquer administrador tem, assinava muitos dos contratos. É situação normal, não me atinge em nada. Estou de consciência tranquila neste processo e estou à disposição das autoridades”, assegurou, antes de sair também em defesa de um dos principais visados no Benfica, o CEO da SAD Domingos Soares Oliveira.
“Confio na pessoa, não tenho razões para não o fazer. Apesar de tudo o que se tem dito tem feito um excelente trabalho no Benfica. Disse antes das eleições que contava com ele e assim será. É outro nome lesado. Domingos Soares de Oliveira tem um papel fundamental na recuperação do clube e um papel extremamente importante nesse sentido. Os ataques não têm sido justos, não acredito que também não haja problemas noutros clubes. Não peço que não sejam discutidos os problemas do Benfica, não percebo como é que noutro clube não há problema nenhuma. É menos notícia as buscas noutros clubes do que o facto de o Flamengo ter interesse em Jorge Jesus? Temos assistido a uma feira à volta do Benfica. O Benfica está a ser alvo de um ataque que vai para além das audiências. As pessoas sabem que eu sempre fui uma pessoa correta e não quero mudar agora a minha forma de estar. Não pretendo que a imprensa esconda os nossos problemas mas espero que não seja parcial”, falou a propósito do dirigente.
A auditoria com 55 contratos, a entrada de Textor e o administrador do Rei dos Frangos
“Sobre a auditoria, foi entregue à empresa Ernst & Young e foi entregue, a mim, ao vice-presidente com a área jurídica e aos nossos advogados, no dia 22 de dezembro. Foi feita a reboque da investigação. Nesses três contratos não ficou claro que o Benfica foi lesado em qualquer operação. Prometeram-me que ela fosse entregue em outubro. Mesmo que quiséssemos fazer alguma coisa no momento em que isso foi entregue, não seria lógico da nossa parte quebrar o segredo de justiça. O que os advogados propuseram, juntamente com a empresa, foi estender esta auditoria aos restantes contratos que o Ministério Público e a Polícia Judiciária tinha em sua posse, ou seja, aos 55 contratos. Se houvesse alguma intenção de esconder, tinha-me ficado naqueles três contratos e deixar o processo como ele estava. Quisemos levar tudo até ao fim. No final vamos analisar em que ponto está a situação. Se pelo meio considerarmos que deveremos ser assistentes do processo, assim acontecerá. Serei implacável neste processo, não deixando dúvidas a ninguém”, garantiu sobre o tema da auditoria forense.
“Sobre John Textor e as ações, temos tido conversas, ainda esta semana os dois vice-presidentes tiveram mais uma reunião, temos tentado ver se é oportuno ou não. Não fazemos nada de forma leviana. Estamos a analisar até onde John Textor possa ser oportuno para o Benfica. Não está a comprar ações ao Benfica mas temos entendimento que qualquer investidor possa aportar valor ao Benfica é um processo que deve ser analisado por nós. Ainda não há nada definido. Posso garantir aos nossos sócios que podemos discutir este tema com várias pessoas mas enquanto eu aqui estiver o Benfica será sempre dos benfiquistas e não perderá maioria do capital da SAD”, frisou ainda sobre a hipótese de compra de 25% da SAD.
“José António dos Santos é um acionista minoritário que quer meter um administrador. É a primeira vez que nos acontece. Baralhou-nos as contas, não era isso que tínhamos pensado. Temos até dia 24 para pensar. Quis cumprir com a lei, daí a entrada de duas mulheres para fazer a quota necessária. Agora, com a entrada do novo administrador, estas contas voltam a ficar furadas. Agora temos até dia 24 para estudar e apresentar a solução para que se possa continuar a cumprir essa quota. Vamos analisar os melhores caminhos para fazer face a essa nova entrada e não deixarmos de cumprir essa nova lei. Não tenho nada contra uma pessoa ou outra, honestamente a única coisa que me faz espécie é se até aqui não tinha havido essa necessidade é o porquê de agora haver”, referiu sobre o motivo que levou à suspensão da última Assembleia Geral da SAD e a possibilidade de Pires Andrade entrar como administrador.
A saída de Jesus, a discussão com Pizzi, a posição do plantel e a reunião com o Flamengo
“Após o episódio que tanto foi falado ambos chegámos à conclusão que todo o nosso caminho dali para a frente seria mais difícil e complicado. Culmina nesse episódio, mas não começa nesse episódio. O mês de dezembro foi de extraordinária dificuldade para todos nós. Fazendo uma retrospetiva, havia um objetivo grande que era entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões, que foi atingido, conseguimos durante esse período da época todos os objetivos incluindo a passagem aos oitavos mas, apesar disso, dezembro é penoso. Temos três derrotas pesadíssimas com os rivais e o que chocou mais os nossos adeptos, e de forma justa, foi a forma como perdemos. A derrota com o Sporting criou um ambiente à volta da equipa e de Jesus que não foi favorável e houve uma série de consequências”, começou por explicar sobre o futebol.
“Com aquele episódio depois percebemos que tudo seria mais complicado. Se calhar exigia-se uma explicação minha logo no momento mas o que quis foi não criar mais atrito para a equipa preparar o melhor possível para o jogo do Campeonato do FC Porto. Não foram os jogadores que despediram o treinador, não foi o treinador também, foi a consequência de episódios a que chegámos e, de forma cordial, percebemos que a partir dali seria difícil e chegámos a acordo”, acrescentou sobre a rescisão.
“Algumas coisas que foram ditas na comunicação social são verdade, mas outras foram empoladas e distorcidas pois as pessoas não estiveram lá. Houve, de facto, essa desavença entre o jogador e o treinador, sendo que antes tinham-se dado super bem. Estamos a falar de um dos capitães do Benfica, que sempre teve um comportamento exemplar e já conquistou muitos títulos no clube. Apesar de dizerem que ele já despediu treinadores a verdade é que todos o colocam a jogar. Não há nenhum grupo, há isso sim um plantel que luta por um objetivo comum. O Pizzi merece todo o nosso respeito”, assumiu Rui Costa.
“Houve esse desentendimento, sendo que a equipa demonstrou apoio a Pizzi. Quando se diz que interpelei o treinador em favor de Pizzi é porque não se conhece nem Jorge Jesus, nem a mim. No início da época, quando escolheu os jogadores com quem contava, alguns com passado no clube foram afastados e Pizzi não foi. Jamais iria contra o treinador para o convencer do contrário nestas matérias. Após esse incidente tudo o que fiz foi em consonância com o treinador. O Pizzi ficou de castigo nesse dia, não treinou e falou com o presidente, nunca foi afastado até final da época. Eu estava no Seixal, não fui chamado para ir lá, e falámos logo, tendo o jogador feito um treino. O que me levou a pensar não foi isso, não foi a questão Pizzi. Aquilo que me pesou a mim e a Jesus foi que os jogadores ficaram do lado de lá e não do lado de cá, por aí percebíamos que ia ser mais difícil porque há uma quebra na relação”, contou a esse propósito.
“Aproveito para falar da questão de Jesus e Flamengo. Uma das preocupações na altura era o massacre diário de Jorge Jesus ir ou não ir para o Flamengo, os dirigentes estavam em Portugal. Hoje com os telemóveis não é preciso autorização de ninguém para as pessoas do futebol falarem. Todos os dias falava com Jorge Jesus, como falo com o Nelson Veríssimo. A vontade era continuar no Benfica e finalizar o contrato, aliás era a vontade de ambos. Sei o massacre que ele estava a sofrer para ir para o Flamengo. Disse para limpar a cabeça de uma vez por todas e dizer-lhes que não aceitava, para no dia seguinte em conferência anunciar que ficas no Benfica e eu carimbo por cima. Essa tal autorização era para limpar a cabeça. Esse compromisso entre ambos foi respeitado na íntegra. Jorge Jesus toma essa posição e quando sai do Benfica já o Flamengo tinha outro treinador”, revelou sobre a “permissão” da reunião do técnico.
A escolha de Veríssimo, a aposta em Braz e um Campeonato que pode surpreender
“O Nelson Veríssimo é um homem da casa e nesta transição era essencial mudar um pouco o paradigma. É homem da casa, de grande qualidade, o trabalho que tem desenvolvido na equipa B é demonstrativo da sua qualidade. É um jovem treinador, benfiquista ferrenho e acima de tudo conhecia grande parte do plantel. Era mudança mas com conhecimento do que estava por dentro. Tenho a maior confiança no Nelson, sei o quanto ele sofre pelo clube, vai ser mais um a juntar-se aos que já lá estão. Sei que ao mínimo resultado que não seja positivo, que vai sofrer a dobrar. Tem feito um trabalho fantástico em termos de formação. Acredito plenamente que seja pessoa ideal para dar a volta ao fatídico mês de dezembro. Temos muito pela frente e vai-nos ajudar a superar esta fase. É treinador da equipa principal nos próximos seis meses. Se não tivesse confiança nele, metia-o como interino. Tem de se dar tempo aos treinadores mas tenho a minha convicção que não será apenas para seis meses”, salientou numa parte da entrevista em que começou a projetar mais o futuro e a falar de outras pessoas ligadas ao futebol.
“No passado, era o Tiago Pinto, depois o Luisão, agora o Rui Pedro Braz. Recuso-me a encontrar bodes expiatórios. Quando alguma coisa não corre tão bem, a culpa não é de um ou outro. É uma culpa conjunta. Recuso-me a achar bodes expiatórios, o Rui Pedro e o Luisão são dois benfiquistas ferrenhos. O Rui teve um papel importante no mercado de transferências do clube, tem-se empenhado ao máximo e tem todas as condições para ser realmente um extraordinário diretor desportivo. E é um benfiquista ferrenho, sofre a dobrar quando o Benfica perde porque perde em termos profissionais e pessoais”, destacou.
“Espero uma reação natural de uma equipa com plantel extraordinário. Até dezembro, todos os objetivos estavam a ser atingidos. Sete pontos do líder dificulta-nos a tarefa mas jamais pensar que o Campeonato está acabado. Teremos de estar focados naquilo que temos para fazer nesta segunda volta e os dois anos passados mostram-nos isso. A esperança e a ambição continuam intactas em relação aos objetivos deste ano e por isso exijo que dentro do Seixal a opinião seja igual. Há muito Campeonato para fazer. É nisto que temos de pensar, jogo a jogo e recuperando pontos que temos que recuperar. Estou convencido que ainda vamos ser felizes. Temos a Taça da Liga para jogar já de imediato, temos jornadas de Campeonato para fazer… Acredito que este Campeonato ainda vai trazer muita surpresa”, vaticionou.
“Nestes últimos dois anos mudámos o paradigma de contratações mas o Paulo Bernardo tem jogado, não é verdade que deixámos de apostar na formação. Fomos mais ambiciosos, isso sim. Quando se contrata muitos jogadores muitas vezes atrasa-se o desenvolvimento da equipa, até porque muitos não se adaptam. É verdade que fizemos um investimento alto mas se pensarmos onde fomos investir, não foi um esbanjar de dinheiro em jogadores que ninguém conhecia. O projeto futuro passará sempre pelo projeto misto de formação, nem todos os anos se conseguem João Félix, Renatos e Bernardos, mas também em jogadores com experiência que nos deram rendimento altíssimo, como o Jonas”, concluiu sobre o tema.
A revisão dos estatutos com limitação de mandatos, modalidades e a Cidade Benfica
Na segunda parte da entrevista, Rui Costa falou de outros temas do universo benfiquista, a começar pela questão da revisão dos estatutos que tinha sido muito falada na campanha. “Uma das primeiras medidas que tomei foi criar uma comissão para a revisão dos estatutos, constituída por sócios de variadíssimos movimentos com opiniões diferenciadas nas últimas eleições. Atendendo a que estamos a falar do documento que rege a vida do clube, não poderia ser feito por uma fação. Creio que em finais de fevereiro a proposta estará pronta para ser entregue à Direção e para depois seguir os trâmites normais. Quis ficar à margem desta comissão porque poderia correr o risco de condicionar. A única medida que já tornei pública e que posso dizer é a limitação de mandatos. Sou a favor da limitação de mandatos”, frisou.
“Fui avisado para a possibilidade de uma época difícil nas modalidades à semelhança das últimas duas ou três. Não está a ser um ano tão produtivo como queríamos. Tivemos um aspeto positivo: todas as equipas que podiam participar nas competições europeias estão lá. Os campeonatos não estão a correr como queríamos mas abíamos que em várias modalidades os nossos rivais estão mais fortes. A preparação para as épocas começam em dezembro, janeiro e fevereiro, ou se consegue reforçar as equipas nessa altura ou dificilmente se consegue depois. A equipa de voleibol continua a ser claramente favorita em Portugal, nas outras temos tido dificuldades, mas não significa que não possamos colocar todo o nosso empenho para nos aproximarmos dos nossos rivais. O andebol é um exemplo disso e fizemos um esforço. Iremos certamente investir mais e melhor. Vamos investir mais e melhor mas isso por si só não chega, têm de ser coisas com pés e cabeça. É preciso mudar a mentalidade e a estruturação e o plano está a ser visto”, explicou.
“Irei cumprir a promessa eleitoral do Centro de Alto Rendimento. Ando mais ou menos a esconder o jogo mas hoje é boa oportunidade para desvendar o véu. O que estamos a planear não está ainda concluído. O que pretendi foi alargar mais este espaço, onde pudesse alargar ainda ao râguebi e ao projeto olímpico, mas neste momento, o que estamos a tentar finalizar neste momento é maior do que isto. Estamos a trabalhar para conseguir um espaço maior do que tinha pensado, com um projeto bem maior, onde possa albergar o Benfica inteiro. Se conseguirmos isso será a Cidade Benfica e o que estamos a estudar e à procura, a tentar finalizar, será um projeto único no mundo. Finalizando esse projeto, não há benfiquista que não sinta maior orgulho. Tudo aquilo que estamos a fazer é para criar esse espaço”, revelou ainda Rui Costa.