A villa romana do século XVI que contém o único mural de teto de Caravaggio foi a leilão esta terça-feira, com uma licitação inicial de 471 milhões de euros. Prometia tornar-se a casa mais cara alguma vez leiloada, não teve, contudo, nenhum comprador.

Sem qualquer licitação, o evento foi dado por terminado, e será retomado a 7 de abril, com o jornal Corriere a avançar que o próximo leilão terá uma licitação inicial 20% mais baixa em relação a esta terça-feira.

Localizada no centro de Roma, a villa foi inicialmente construída, segundo a Art News, como um local de caça para um cardeal romano, no século XVI. O seu antigo dono, o príncipe Nicolò Boncompagni Ludovisi, morreu em 2018, e uma disputa familiar levou a que a casa fosse colocada em leilão.

A disputa com uma princesa, o Caravaggio no tecto e a estátua de Miguel Ângelo. Villa Aurora vai a leilão por quase 500 milhões

Isto porque a viúva do príncipe, a princesa Rita Boncompagni Ludovisi — antiga atriz, jornalista, agente imobiliária, escritora e duas vezes modelo da Playboy — pretendia residir permanentemente na villa. Três filhos de Nicolò, do seu primeiro casamento, contudo, opuseram-se à decisão da viúva. Sem qualquer entendimento entre as partes, a venda da Villa Aurora foi ordenada pelo tribunal.

O mural de Caravaggio por si só é avaliado em 310 milhões de euros, mas estima-se, segundo o The Guardian, que sejam necessários 11 milhões para obras de restauração da villa.

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