A comissão de inquérito do Congresso norte-americano sobre o ataque ao Capitólio dos EUA pediu a Ivanka Trump, filha do ex-Presidente Donald Trump, que coopere voluntariamente com a investigação.

A comissão enviou esta quinta-feira uma carta a Ivanka — que foi conselheira da Casa Branca — pedindo uma reunião para o início de fevereiro, com o objetivo de discutir as ações do pai na invasão ao Capitólio, incluindo um telefonema que dizem que ela testemunhou enquanto Donald Trump tentava pressionar o seu vice-Presidente, Mike Pence, para que este rejeitasse a validação dos resultados eleitorais de 2020.

“Os depoimentos obtidos pela comissão indicam que membros da equipa da Casa Branca solicitaram a ajuda [de Ivanka Trump] em várias ocasiões para intervir na tentativa de persuadir o Presidente Trump a travar a ilegalidade e a violência em curso no Capitólio”, escreveu o presidente da comissão de inquérito, Bennie Thompson.

No início desta semana, a comissão emitiu intimações para Rudy Giuliani e para outros membros da equipa jurídica de Trump que apresentaram queixas sobre a alegada falta de transparência das eleições presidenciais de 2020.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta é a primeira vez que um membro da família Trump é convidado diretamente a cooperar com a investigação dos acontecimentos de 6 de janeiro de 2021.

Na terça-feira, a comissão de inquérito convocou quatro ex-assessores de Trump para testemunhar, incluindo o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque e advogado Rudy Giuliani.

Se eles recusarem, poderão ser acusados de desrespeito, como aconteceu até agora com três outros ex-assessores de Trump: o ex-chefe de gabinete Mark Meadows, o ex-procurador-geral assistente Jeffrey Clark e o ex-assessor e diretor de campanha Steve Bannon.

Na quarta-feira, o Supremo Tribunal rejeitou um pedido de Trump para não serem revelados cerca de 700 documentos sobre o ataque ao Capitólio, abrindo a porta para que venham a ser entregues à comissão de inquérito.