O Carnaval de Loures, no distrito de Lisboa, foi cancelado devido à pandemia de Covid-19, anunciou esta quinta-feira a organização, admitindo, contudo, “algumas iniciativas” alusivas à época desde que com o acordo das autoridades de saúde.

“Deste modo, face à situação pandémica atual, e porque a saúde pública está acima de tudo, tal como aconteceu em 2021, a Associação do Carnaval de Loures, em conjunto com a Câmara Municipal de Loures e Junta de Freguesia de Loures, decidiram cancelar os desfiles carnavalescos”, lê-se num comunicado da organização.

A decisão é justificada com a necessidade de garantir a maior segurança a todas as pessoas que participam e assistem aos desfiles, tendo em conta que o evento origina uma “concentração de largas dezenas de milhares de pessoas”.

“No entanto, como o espírito carnavalesco faz parte do ADN de Loures, em função da evolução da pandemia até ao final de fevereiro e das regras definidas, ou que venham a ser definidas pela DGS [Direção-Geral da Saúde], iremos avaliar a possibilidade de realizar algumas iniciativas que permitam lembrar a época carnavalesca, mas sempre em sintonia com a Proteção Civil de Loures e autoridades de saúde locais”, lê-se na nota.

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Nas últimas semanas foram também canceladas as festividades de Carnaval de Torres Vedras, Estarreja, Ovar e Loulé, por exemplo.

O Carnaval celebra-se este ano no dia 1 de março.

A Covid-19 provocou 5.553.124 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.447 pessoas e foram contabilizados 2.059.595 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.