Rúben Amorim ainda teve alguns momentos de maior descontração na zona técnica durante o jogo, como quando se começou a rir e deu um carinhoso calduço a Nuno Santos antes de um lançamento lateral na primeira parte. No entanto, em em várias outras fases, a expressão e o olhar do técnico mostravam que nem tudo corria como pretendia. O Sporting somou a sexta vitória seguida na Taça da Liga, o técnico averbou o oitavo triunfo depois de ter ganho a Final Four da competição em 2020 pelo Sp. Braga, mas nem por isso deixou de fazer reparos à postura da equipa sobretudo a partir do momento em que jogou contra dez.

Ugarte foi o rei sem bola numa equipa sem rei com bola (a crónica do Sporting-Santa Clara)

“Gostei do resultado e do jogo principalmente na primeira parte. A seguir à expulsão piorámos. Foi a nossa pior parte no jogo. Estivemos algo displicentes com a bola, a colocá-la onde não devíamos. Às vezes gostamos de complicar um pouco aquilo que é o nosso jogo. Mais uma vez, é o treinador que lhes diz isso, para manterem a bola, mas podíamos ter arriscado menos…”, destacou na flash interview da SportTV.

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“Na primeira parte estivemos bem, com uma boa reação à bola. Sabíamos que o Santa Clara é forte nas bolas paradas. Em todas as que teve, lançou a bola para a área porque tinha uma vantagem sobre nós, por não termos o Coates. Sem o Paulinho, tínhamos também menos um jogador alto. Tentámos controlar isso, fazendo poucas faltas no meio-campo defensivo. Acabámos por ser a melhor equipa e acho que o resultado é justo”, acrescentou na análise ao triunfo com os açorianos, falando ainda das opções iniciais no jogo.

“Sabemos que se queremos ganhar tudo tem de jogar toda a gente e temos de dividir os minutos. Jogou a melhor equipa. Sabíamos que frente ao Santa Clara não ia ser fácil. Foi uma das poucas equipas que nos ganhou. É uma equipa muito perigosa nas bolas paradas, o Lincoln é muito perigoso, o Rui Costa aparece muito bem no espaço. Isso tudo controlámos muito melhor agora do que nos Açores. Mas não foi um jogo muito fluído a partir da expulsão. Não criámos assim tantas oportunidades mas ainda na primeira parte merecíamos sair em vantagem”, sublinhou sobre as saídas de Matheus Nunes, Feddal e Paulinho.

O Sporting conseguiu ainda assim a quarta reviravolta da temporada noutras tantas competições nacionais, depois de Sp. Braga na Supertaça, Casa Pia na Taça de Portugal e Portimonense no Campeonato. Segue-se a final da Taça da Liga frente ao Benfica, naquela que será a 16.ª decisão entre os rivais lisboetas com maior número de triunfos para os encarnados (10-5) e que arranca sem nenhum favoritismo teórico.

“O Benfica é sempre o Benfica, o Sporting é sempre o Sporting. Nestes jogos não conta nada o que se passa no Campeonato. Favorito? Não, há uma diferença de três pontos. Perdemos dois jogos recentemente e esta equipa sente, mesmo com mais um homem a controlar o jogo. Sente-se algum nervosismo. Uma final, fosse contra quem fosse, seria sempre 50/50 de hipóteses. Sendo contra o Benfica, que está habituado a jogar finais, será um jogo dividido”, concluiu o treinador verde e branco.